Notícia
IMF – China entrou em deflação
China entrou em deflação; Inflação dos EUA subiu menos que o esperado em julho; Petróleo renovou máximos de novembro de 2022; Ouro abaixo dos $1940/onça.
| China entrou em deflação
De acordo com o Escritório Nacional de Estatísticas, a China entrou em deflação em julho, algo que já não acontecia desde fevereiro de 2021. Os preços recuaram 0.3% em termos homólogos, ainda assim menos do que a de 0.4% esperada pelo mercado, após uma estagnação registada no mês de junho. Em cadeia, os preços recuaram 0.2%, tal como em junho. Os preços no produtor permaneceram em terreno negativo, ao terem recuado 4.4% face ao período homólogo, face a uma queda de 4.1% esperada após terem recuado 5.4% no mês de junho. A recuperação pós-pandémica da China tem vindo a abrandar, após uma aceleração forte no início do 1º trimestre, enquanto a procura doméstica e internacional tem vindo a enfraquecer e um conjunto de políticas para apoiar a economia não tiveram sucesso. Numa outra nota, as importações e exportações da China caíram mais do que o esperado em julho, enquanto uma procura mais fraca vem afetando as perspetivas de recuperação da segunda maior economia do mundo. As importações recuaram 12.4%, face ao período homólogo, enquanto o mercado esperava uma queda de 5%, após o declínio de 6.8% registado no mês anterior. Já as exportações recuaram 14.5% y/y, quando o consenso dos analistas apontava para uma queda de 12.5%, após os -12.4% registados no mês de junho.
| Inflação dos EUA subiu menos que o esperado em julho
A inflação dos EUA subiu em julho menos do que era esperado, para 3.2% face ao período homólogo, após 3% em junho. O consenso do mercado apontava para 3.3%. Em cadeia, a inflação subiu 0.2%, igual ao esperado e registado no mês anterior. Foi a primeira subida homóloga dos últimos 13 meses, mas muitos economistas consideram que tal se deve a efeitos de base, após os preços terem recuado em julho do ano passado, face ao valor máximo de ciclo da inflação norte-americana que foi registado em junho de 2022 a 9.1%. Já a inflação subjacente recuou para 4.7% y/y, face a 4.8% esperados e lidos no mês de junho. Em cadeia, a inflação subjacente também subiu novamente 0.2%. De acordo com o relatório, a queda da inflação subjacente foi conduzida principalmente pela redução nos preços dos automóveis em segunda mão, compensando o crescimento das rendas. Atualmente, o mercado atribui uma probabilidade de 90% a uma pausa da FED na sua próxima reunião, na prática antevendo que a FED não realizará mais nenhuma subida neste ciclo. Adicionalmente, Segundo o Departamento do Trabalho, o índice de preços no produtor dos EUA (IPP) subiu 0,3% no mês passado. Em termos homólogos, o IPP aumentou 0,8%, um ritmo mais elevado do que o ganho de 0,2% registado em junho. Este aumento anual é influenciado pelos preços mais baixos registados no ano anterior.
O Eur/Usd lateralizou ao longo da última semana, transacionando em torno dos $1,10. O par encerrou a semana ligeiramente abaixo desse nível psicológico e deverá realizar novos testes ao longo das próximas semanas.
| Petróleo renovou máximos de novembro de 2022
O petróleo registou a sua sétima semana consecutiva de ganhos, após a OPEC+ anunciar uma produção de 35,9 milhões de barris/dia em julho, ficando aquém dos 39,57 milhões de barris/dia planeados.
Na última semana, o petróleo quebrou uma resistência dos $83/barril e renovou máximos de novembro de 2022 nos $84,89/barril.
| Ouro abaixo dos $1940/onça
O ouro apresentou perdas ao longo da última semana, enquanto os rendimentos de referência dos títulos do Tesouro a 10 anos caminhavam para a sua quarta semana consecutiva de ganhos.
Na semana passada, o ouro desvalorizou e voltou a transacionar abaixo do nível pivot de $1940/onça, tendo renovado mínimos de um mês nos $1910. Nas próximas sessões, o metal precioso deverá transacionar entre o suporte dos $1900/onça e os $1940/onça.
As análises técnicas aqui publicadas não pretendem, em caso algum, constituir aconselhamento ou uma recomendação de compra e venda de instrumentos financeiros, pelo que os analistas e o Jornal de Negócios não podem ser responsáveis por eventuais perdas ou danos que possam resultar do uso dessas informações. Caso pretenda ver esclarecida alguma dúvida acerca da Análise Técnica, por favor contactar a IMF ou o Jornal de Negócios.