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Expedição africana à moda do Minho

O "cluster" da construção tem uma posição estruturante no tecido industrial do Minho. O Negócios ouviu as histórias de três empresas que já colocaram a massa e o cimento em África.

29 de Novembro de 2011 às 09:29
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Nome: Leonel Rodrigues (director financeiro)
Empresa: Alexandre Barbosa Borges SA
Facturação: 145 milhões de euros

O grupo de construção Alexandre Barbosa Borges SA (ABB) está em grande no mercado lusófono. Angola é o pilar de betão na estratégia de internacionalização do grupo e o "pivot" para o crescimento em África. Depois da entrar no maior país africano de língua oficial portuguesa com um parceiro local, a ABB, motivada pela proximidade geográfica, estuda já a entrada no Gana e no Congo, onde, segundo o director financeiro Leonel Rodrigues, "há muitas Obras Públicas e dinheiro para investir". O grupo facturou 145 milhões de euros no ano passado, sendo que 40% desse valor advém do mercado externo. No país de Eduardo dos Santos, a construtora bracarense já fez auto-estradas, aeródromos e barragens. Rodrigues confessa que houve em África algumas dificuldades iniciais, como "a economia informal", mas que actualmente têm "uma carteira de clientes interessante". A ABB também está presente em Moçambique, Polónia, França e Cabo Verde.






Nome: Rosa Braga (directora financeira)
Empresa: Britalar
Facturação: 50 milhões de euros

Para a Britalar, a internacionalização do negócio é ainda uma experiência recente. Há um ano que saiu de Portugal e o comércio externo só vale 5% dos 50 milhões de euros de facturação. Mas essa é uma realidade que tem tendência a mudar, porque em Portugal já pouco se constrói e o mais certo é assistirmos à implosão de construtoras. "Nos próximos tempos, vamos exportar estrutura e deslocalizar", projecta a directora comercial, Rosa Braga. Mas sendo a discussão sobre mercados lusófonos, esta construtora de Braga fez uma opção estratégica: "Em 2008, tentámos ir para Angola, mas deixámos essa operação na gaveta porque era uma época mais difícil", confessa. É que "tinha de ser com um negócio de bom retorno", justificou. A bússola apontou para Moçambique, porque "o povo e as autoridades moçambicanas são mais 'friendly' do que em Angola". E há ainda a fiabilidade: "Apesar de não ser um país com os níveis de preços e rentabilidade de Angola, as relações comerciais são mais seguras".






Nome: David Duarte (administrador)
Empresa: FDO
Facturação: 250 milhões de euros

Primeiro, as dificuldades: "Foi uma experiência que, no início, não foi fácil, porque, como aqui disseram, é preciso bastante músculo, paciência e capacidade para aguentar", alerta David Duarte, administrador da construtora FDO, sobre os primeiros passos da experiência internacional em Angola há oito anos. Na altura, a escolha do país foi óbvia, pelos índices de crescimento que apresentava e as potencialidades de retorno do investimento. Os primeiros três anos não foram, no entanto, nada do que esperavam. Mas se o jogo é bom e não está a dar resultados, um jogador inteligente muda de estratégica. "Associámo-nos a outra empresa de Braga", lembra Duarte. "Passámos a oferecer um conjunto de serviços mais completo, e estamos no sector, agora, de forma mais transversal", acrescenta. O grupo factura 250 milhões de euros, 30% resultantes da internacionalização. A FDO também está presente em Cabo Verde, Moçambique, França e Polónia.


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