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Capacidade de pagamento adequada a médio e longo prazo (BBB)

A Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR) é da opinião que a capacidade da Sociedade Comercial Orey Antunes, S.A. (SCOA – holding do Grupo OREY) em honrar, atempadamente e na íntegra, o serviço do empréstimo obrigacionista sujeito a rating é adequada...

05 de Julho de 2010 às 14:50
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A Companhia Portuguesa de Rating, S.A. (CPR) é da opinião que a capacidade da Sociedade Comercial Orey Antunes, S.A. (SCOA – holding do Grupo OREY) em honrar, atempadamente e na íntegra, o serviço do empréstimo obrigacionista sujeito a rating é adequada, embora apresente alguma vulnerabilidade a modificações adversas, de conjuntura ou outras, pelo que lhe atribui a notação BBB, com tendência estável.

A SCOA foi fundada em 1886, pelo Sr. Ruy d´Orey, tendo como actividade a importação de carvão, ferro e aço. Após uma fase de diversificação, na última década do século passado o Grupo OREY centrou a sua actividade na navegação e em representações técnicas ligadas à navegação e expandiu-se geograficamente para Angola e para Moçambique. Na primeira década do século XXI, expandiu a sua actividade para a área financeira, primeiro em Portugal e depois no Brasil e em Espanha e expandiu a sua actividade de navegação para o mercado espanhol (tendo, entretanto, descontinuado a actividade em Moçambique).

Resultados positivos, apesar da crise

Em 2009, ano negativamente afectado pela quebra do comércio mundial decorrente da grave crise económico-financeira, o Grupo OREY registou um volume de negócios de 61,7 milhões de euros (M€), com um excedente bruto de exploração (EBITDA) de 3,0 M€, um resultado operacional de 1,4 M€ e um resultado líquido de 1,3 M€. A actividade de navegação continua a ser destacadamente a mais relevante para a SCOA, em termos consolidados, tendo em 2009 representado 76,6% do volume de negócios e 89,2% dos resultados operacionais gerados directamente pelos segmentos (ou seja, antes de eliminações de consolidação e dos custos operacionais da holding), enquanto a actividade de representações técnicas representou 14,4% do volume de negócios consolidado e 17,4% dos resultados operacionais gerados directamente pelos segmentos e a actividade financeira representou 8,5% do volume de negócios e 5,4% dos resultados operacionais gerados directamente pelos segmentos.

No fim de 2009 o Grupo OREY apresentava uma autonomia financeira consolidada de 39,2%, num activo de 68,3 M€.

Reestruturação em curso

Actualmente, está em curso um processo de reestruturação da SCOA e suas participadas (Grupo OREY) que inclui a venda das participações da SCOA nas áreas não financeiras (navegação e representações técnicas) a um fundo de private equity (OREY CAPITAL FUND), gerido por uma participada do Grupo, e a transformação da SCOA numa holding de investimentos.

Além disso, no fim de 2009, o Grupo OREY acordou com o Grupo HOLDCONTROL o estabelecimento de uma parceria para o desenvolvimento da actividade de gestão de créditos em incumprimento (non performing loans – NPL), no âmbito da qual, caso se concretize, o Grupo HOLDCONTROL passará a deter uma participação de 25,0% na actividade financeira do Grupo OREY em Portugal e Espanha.

A concretização destas alterações levará a uma redução muito significativa do âmbito de responsabilidade solidária da SCOA para com as suas participadas.

Diversificação dos investimentos

Com os fundos do empréstimo obrigacionista sujeito a rating (30,0 M€) a SCOA pretende, para além de antecipar um cash-out aos accionistas proveniente das mais valias da venda das participações detidas pela SCOA em empresas das áreas não financeiras, reforçar os investimentos no Brasil e participar em produtos financeiros a lançar por suas participadas, de forma a aumentar a confiança dos co-investidores.

Através do OREY CAPITAL FUND, a SCOA considera ter condições para fazer crescer a área de negócios de navegação e, através das suas participadas na área financeira, pretende também iniciar a concessão de crédito em Portugal e desenvolver no Brasil o negócio de gestão de NPL.

A emissão do empréstimo obrigacionista sujeito a rating e a concretização dos objectivos referidos levarão a uma redução da autonomia financeira individual da SCOA (para um nível ainda superior a 50,0%), mas, em contrapartida, implicarão uma menor concentração dos seus activos.

Assim, a capacidade de pagamento atempado e na íntegra das obrigações emergentes do empréstimo obrigacionista sujeito a rating poderá ser condicionada pelos seguintes factores:

  • evolução da economia mundial e, em especial, dos mercados geográficos aos quais o Grupo OREY está ou estará mais exposto;
  • evolução dos riscos cambiais e das respectivas eventuais coberturas, nomeadamente no âmbito dos novos investimentos a realizar;
  • a evolução das actividades não financeiras integradas no OREY CAPITAL FUND;
  • a libertação de capital para o Grupo OREY nos primeiros anos do período de saída previsto para o OREY CAPITAL FUND;
  • a evolução das actividades financeiras na Península Ibérica e a respectiva libertação de dividendos;
  • a evolução das actividades financeiras no Brasil;
  • o perfil dos investimentos a realizar e a sua evolução futura, nomeadamente a libertação do capital investido num período adequado face ao prazo estabelecido para o reembolso do empréstimo obrigacionista sujeito a rating;
  • a realização de eventuais novos investimentos significativos e sua forma de financiamento;
  • uma eventual alteração substancial da estrutura accionista da SCOA e / ou da política de remuneração dos accionistas prevista.
Emitente

Sociedade Comercial Orey Antunes, S.A. (SCOA)
OperaçãoEmpréstimo Obrigacionista de 30,0 milhões euros
NotaçãoBBB, com tendência estável.
Data da Notação24 de Junho de 2010






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