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Notícias em Destaque
Desafiámos os nossos leitores a aceitarem o nosso desafio de olhar para o Portugal que corre bem, o país antidepressivo. Veja aqui os depoimentos.

Na linha de um novo mundo de jornalismo participativo ou do cidadão que a Internet viabiliza e que a grande comunidade do Negócios online permite, pedimos aos nossos leitores para serem também jornalistas e participarem com testemunhos de um caso, uma experiência, um projecto que esteja contra a corrente depressiva da actual conjuntura. Em três dias, com um fim-de-semana pelo meio, recebemos mais de quatro dezenas de mails. São histórias, contadas na primeira pessoa, de negócios que estão a ser um sucesso, projectos inovadores e percursos individuais em busca de um emprego. A todos quantos participaram, o Negócios agradece a vontade e iniciativa de terem partilhado com os leitores as suas experiências de sucesso.





“Uma vida perfeitamente normal e independente”
Bruno Lopes, 27 anos
Engenheiro Mecânico

Em 2006 tive um grave acidente de mota que me deixou paraplégico. Nessa altura era trabalhador-estudante. Trabalhava num concessionário Opel e à noite acabava o bacharelato no ISEL. Tive muito tempo internado (1 ano) e em reabilitação no CMR de Alcoitão. Fiquei desempregado e sem ajudas de ninguém apenas dos pais, familiares e amigos. Sem subsídio de desemprego, sem indemnização, nada, 0!

Contra todas os prognósticos consegui recuperar e consigo andar de canadianas. Consegui acabar o Bacharelato e a Licenciatura. Consigo fazer uma vida perfeitamente normal e independente.

Consegui no início deste ano um estágio na Unilever-Jerónimo Martins, que considero um exemplo a seguir, no Trade-Marketing OOH. Sou também jogador federado de basquetebol em cadeira-de-rodas na APD Lisboa e voluntário na Associação Salvador.

Somos um povo de lamentações, de coitadinhos, que se menospreza, que não valoriza bem o potencial que tem.

As pessoas com deficiência em todas as sociedades, são exemplos de vida a seguir. Mas muitas das vezes a ignorância e preconceito falam mais alto (em relação ao mercado de trabalho, acessibilidades, etc.).





Seveme, uma metalúrgica que exporta 72% do que produz
Luís Almeida
Seveme

Porque Portugal não é feito apenas das notícias negativas que ouvimos na nossa extraordinária imprensa e, aceitando o vosso repto, apresento o caso da Seveme-Industrias Metalúrgicas, Lda.

Esta empresa, PME Líder, que em 2009 realizou um volume de negócios da ordem dos 18,1 milhões de euros, tem uma carteira de obras em curso que ultrapassa os 32,5 milhões de euros, sendo que destes, mais de 72% se destinam a exportação. Apresento este caso por ser uma situação que conheço mas existem muitas outras por este país.





"Encontrei um lugar para trabalhar como poucos"
João Cruz
Empregado

Estive desde Junho do ano passado à procura de uma oportunidade de colaboração já que fiquei sem trabalho. Até Abril de 2010 estive sem trabalho, embora tenha ido a muitas entrevistas e tenha tido algumas propostas de trabalho com condições vergonhosas.

Em Fevereiro surgiram-me duas oportunidades, para as quais enviei o meu "curriculum vitae". Após várias entrevistas em inglês, por telefone e pessoalmente, tive duas propostas interessantes. Optei pela qual achei que me daria mais garantias e posso dizer que estou muito satisfeito.

Em 13 anos de trabalho na área de informática quase sempre em consultoras, posso dizer que estou numa empresa que até hoje é a melhor empresa, para mim, para trabalhar. Um excelente ambiente, formação sempre que seja necessário, cursos de línguas estrangeiras nas instalações, médico todas as semanas, etc. Não falando das condições remuneratórias. Posso dizer que encontrei um lugar para trabalhar como poucos.





O "Health Point" criado por engenheiros portugueses
Ágata Clérigo
Marcom Specialist, Marketing

É um projecto levado a cabo por uma pequena equipa de engenheiros de uma empresa nacional, a Convex e chama-se "HealthPoint".

O "Health Point" é um consultório médico preparado para assistência clínica remota e colaboração entre cuidados primários e hospitalares. O consultório resultou da aposta de uma equipa da empresa Convex, unificada na pessoa do Marco Ferreira (Services and Solutions Development Consultant na Convex). Em alguns meses foi possível imaginar o conceito, desenhar a ideia, construir o protótipo e colocá-lo a funcionar, em experiência piloto, num centro de Saúde e num Hospital do interior do país.

O consultório foi criado com o objectivo de ter um ambiente imersivo, integrado, clínico, colaborativo e de formação,

De forma a libertar o paciente e o médico de qualquer tipo de constrangimento, que pudesse decorrer do facto de não estarem na presença física um do outro, foi criado um ambiente envolvente (imersivo) que, através de simetria, cria uma percepção de espaço de consulta comum aos intervenientes.

Porque a tecnologia nunca deve ser encarada como um fim em si mesma, e sim como uma ferramenta cujo derradeiro objectivo é o de ser útil às pessoas, todos os elementos deste consultório clínico são desenhados de forma a funcionar como elementos integrados, ou seja, a usabilidade desta plataforma esteve no centro da sua concepção. De realçar que a arquitectura do HealthPoint prevê a necessidade de integração com sistemas já existentes no Cliente, permitindo a manutenção da prática clínica instituída nas consultas tradicionais.

O espectro de utilização do HealthPoint em diferentes especialidades médicas varia em função dos periféricos disponibilizados na plataforma, o que garante o ambiente clínico.

O HealthPoint Meeting Room é o coração do ambiente colaborativo a partir do qual se pode iniciar uma sessão de trabalho para o HealthPoint, bem como manipular todas as ferramentas envolvidas nessa sessão de trabalho.

De forma a tirar partido das características de qualidade de vídeo do HealthPoint este pode ser utilizado em acções de Teleformação. Para este efeito a parede imersiva de fundo foi dotada de rodas que permitem a sua fácil movimentação e a libertação de espaço para a colocação de cadeiras para os formandos.

Acreditamos que projectos como estes, que nascem da criatividade e empenho de portugueses podem ajudar não só a valorizar a nossa capacidade empresarial, mas também a acreditar que melhores tempos virão, se olharmos em frente.





Proeficiência, um franchising em expansão
José Marques
ProEficiencia

O exemplo da minha empresa julgo ser um caso anti-depressivo para o panorama actual.
A ProEficiencia é um franchising criado pela Incalculável, Lda, uma empresa dedicada à produção de equipamento para produção de biodiesel.

Com vista ao alargamento a outros sectores na área das energias renováveis, criámos a Proeficiencia e iniciámos a divulgação do franchising em Março 2009.

Após um excelente ano de 2009, no qual terminamos com dez franchisados, assinámos ontem [ 20 de Maio] o contrato com o décimo quarto franchisado. E estamos a finalizar a preparação da entrada de mais dois franchisados para a rede em Junho.

Temos recebido interesse internacional pela expansão do franchising para outros países, incluindo Reino Unido, Cabo Verde, Marrocos, Angola, Moçambique, e alguns países da América do Sul.

O trabalho tem sido intenso, a vontade de crescer é permanente e a focalização principal do nosso trabalho traduz-se na qualidade do serviço prestado as nossos clientes, e na busca constante de produtos inovadores e de qualidade.





Portugal está melhor que Espanha
António Albuquerque
Madrid

Vivo em Espanha. E Portugal, apesar da macroeconomia, tomou medidas que não foram tomadas aqui. Aqui sim, é que está um caos. Não há negócios, nem trabalho.
Em Portugal, onde temos (A+P GRUPO) uma fábrica e duas empresas comerciais, ambas vão melhor que no ano passado.

As comerciais estão melhores, porque chegam melhor aos clientes finais e os nossos produtos são inovadores, dois elementos essenciais para ter sucesso.

A fábrica abastece toda a Europa e como Espanha estava e está mal, abrimos novos mercados desde o início do ano e os resultados começam-se a notar. Somos especialista na gestão de cadeias de frio e, concretamente, desde o início do ano, abrimos mercados na Grécia, Turquia, Roménia, Dubai, Holanda e Suíça.

Somos pequenos, mas somos um bom exemplo do que é que se pode fazer se há uma crise como esta que nunca se viu antes. Saber bem o que o cliente quer e inovar constantemente para poder dar resposta ao mercado.

É uma história simples mas muitas assim fazem um País andar para frente.





O Santa Maria Manuela renasce
Arthur Faria de Carvalho

O Santa Maria Manuela renasce pela mão que o fez nascer, o bacalhau. Agora o interessante, é que seja uma empresa privada a assumir um projecto desta envergadura, apostando na preservação do nosso passado colectivo, com uma clara aposta no turismo, que deveria ser um sector estratégico do nosso país, mas quase sempre não é … Afinal, ainda há gente que não baixa os braços !!!





Um encontro sobre optimismo e o caso da Herdade de Maria da Guarda
João Cortez de Lobão

No dia 8 de Maio reuniram em Serpa 200 olivicultores e lagareiros:

O programa:

1 - Missa com homilia sobre o "Optimismo Cristão", celebrada pelo Bispo de Beja, D. António Vitalino Dantas

2 - Apresentação sobre "Razões para ser optimista no sector da olivicultura e do azeite" de João Cortez de Lobão

3 - Apresentação efectuada por Marcelo Rebelo de Sousa sobre "Como se contagia o optimismo"

Estiveram presentes no encontro:

- Ministro da Agricultura, Dr. António Serrano

- Armando Sevinate Pinto, assessor da Presidência da República para Agricultura e Desenvolvimento Rural.
- Ex-ministro da Agricultura, Fernando Gomes da Silva.
- 200 empresários ligados aos sectores olivicultor e lagareiro provenientes de todo o país.

O caso do investimento da Herdade de Maria da Guarda em Serpa
500 mil oliveiras plantadas nos últimos 3 anos e programa para plantar mais 500 mil nos próximos três anos.

A Herdade passa de uma produção média de 5 toneladas de azeitona /ano em 2006 para 3500 toneladas/ano em 2012 (multiplica por 700 vezes o total da produção) e inclui ainda o programa de construção de lagar em 2011 com capacidade de transformar diariamente em azeite 200 toneladas de azeitona.

Mercados de destino do azeite: Portugal, Espanha, Itália.(em 2009) - 14 milhões de euros de investimento total- 750 km de mangueiras para rega gota-a-gota- 21km de condutas principais subterrâneas- Duas barragens com capacidade de 140 mil m3 de reserva de água- 12kms de caminhos


Atingimos sempre mais do que o esperado
Hélder Pinto
Polisbusiness

A nossa empresa Polisbusiness, Lda foi criada em 22 de Maio de 2006 e teve como objectivo atingir um montante de 50 mil euros de vendas no ano em que foi criada. Acabou por atingir mais de 200 mil euros.

Ano após ano mantivemos o nosso objectivo, o mesmo valor atingido no ano anterior e acabamos sempre por atingir muito mais do que o esperado. Dando o exemplo de 2009, ano que foi o da crise, a nossa empresa atingiu um milhão de euros em vendas ( após quatro anos de trabalho). Pode parecer pouco, mas contamos apenas com dois empregados.

A nossa empresa dedica-se exclusivamente a importação e exportação de sobresselentes para motores instalados em navios e centrais eléctricas.

Penso que existem muito poucas empresas, ou quase nenhumas, em Portugal com um tamanho desenvolvimento.




"Arranjei trabalho"
Carlos Pinto

Não sei se será antidepressivo, mas arranjei trabalho… Bastou para isso reduzir 25% daquilo que ganhava no passado!! São opções. Estava desempregado há 18 meses. Espero recuperar, no longo prazo, o dinheiro que vou perder no imediato.



"Portugal devia olhar mais para fora"
João Pedro Neto
Bus-TV, no Brasil

Sou português, formado pela Universidade Católica e trabalhei vários anos em Portugal, a maioria com projectos próprios. Desde sempre que sou vosso leitor e em alguns projectos meus contei com a vossa divulgação. De momento, vivo em São Paulo onde sou sócio da maior rede de TV OOH (TV Out of Home) do Brasil - mais de 1.800 monitores. O projecto era algo muito pequeno em Portugal, comprámos a ideia e a tecnologia e viemos para o Brasil, São Paulo. Não operamos em Portugal - operação é muito pequena e não justificava dispersão da atenção.

Iniciámos operação por São Paulo, depois Rio e lançámos um sistema de franquia que nos coloca nas principais capitais brasileiras. Falamos com 15.000.000 de pessoas por mês.

A empresa é a Bus TV - www.bustv.com.br

Fomos pioneiros e o negócio já atraiu o Grupo Bandeirantes e a Globo - os meus concorrentes. Contudo, a nível nacional só nós operamos. O capital e sócios (accionistas) principais são portugueses. Portugal devia olhar mais para fora. Um mercado como o Brasil é EXCELENTE e curiosamente são poucos os portugueses a vir para cá (sem ser de férias). Necessita dos devidos cuidados, como qualquer mercado emergente. Depressivo é coisa que nem tenho tempo para estar!




Caminhar para uma gestão profissionalizada
Filipe Guerra


Falo em nome das micro empresas. Efectivamente, temos que lutar muito para conseguir sobreviver num sistema em muito rápida mudança.

Ainda estou a lutar para que a nossa pequena equipa possa vir a dizer que
é um caso de sucesso.

Um consultor sénior disse numa formação: "o sucesso de uma organização depende em primeiro lugar da gestão, em segundo lugar da gestão e em terceiro lugar da gestão".

A minha aposta está a ser exactamente, com os poucos recursos disponíveis, caminhar para uma gestão profissionalizada, de modo a que o contributo de cada elemento produza
um efeito "bola de neve".



Conseguimos manter o rumo de crescimento
Miguel Lourenço
Ancorpor - Geotecnia e Fundações Lda


Em poucas palavras apresento a Ancorpor - Geotecnia e Fundações Lda. Fundada a 2 de Fevereiro de 2006 com apenas seis trabalhadores e já com a economia portuguesa anémica, especialmente no sector da construção civil e obras públicas. A empresa centra a sua actividade nas obras de engenharia especiais, fundações e geotecnia. Fechou o primeiro ano de actividade (2006) com um volume de facturação superior a 1,6 milhões de euros e com um quadro de pessoal de 23 pessoas (mais 283% que o quadro inicial).

O segundo ano de actividade (2007) fechou com um volume de facturação superior a 3,6 milhões de euros (mais 125%) e com um quadro de pessoal de 30 pessoas (mais 30%).

2008 foi o ano em que iniciámos a expansão para Espanha com a abertura de um estabelecimento permanente (sede em Madrid). Embora já em 2007 tivéssemos exportado serviços para Espanha, decidimos em 2008 dar uma maior autonomia e maior foco a essas operações. Nesse ano, as operações em Portugal fecharam com um volume de facturação superior a 3,26 milhões de euros e as operações em Espanha com 346 mil euros. O quadro em Portugal aumentou para 36 pessoas (mais 20%) e Espanha iniciou operações com duas pessoas (um local e um expatriado).

Em 2009, pesem as enormes e crescentes dificuldades, o agudizar da crise e as fortes restrições ao crédito, conseguimos manter o rumo de crescimento, fechando o ano com um volume de facturação em Portugal de 4,2 milhões de euros (mais 28%) e com 44 pessoa no quadro (mais 22%) e de 1,4 milhões de euros de facturação em Espanha (mais 304%) e com três pessoas no quadro (dois locais e um expatriado).

Já em 2010 e com o decrépito contexto económico existente, procedemos à abertura de uma filial do Estabelecimento Permanente em Espanha (Barcelona), onde já foi contratado um quadro local estando outra posição em aberto nesse local, bem como outra posição em Madrid.

Em Portugal, já foram contratadas 13 pessoas no corrente ano sendo que, ao nível das previsões, apontamos fechar o ano com um volume de facturação de cerca de seis milhões de euros (mais 42%) em Portugal e de 2,5 milhões de euros (mais 78%) em Espanha.

Em preparação está a entrada em novos mercados, onde seja possível fazer valer as superiores mais valias técnicas, nomeadamente em termos de "know-how", que nós e mesmo a maior parte das empresa deste ramo em Portugal possuem (e que fazem desta área uma das mais competitivas da nossa economia), e que podem deste modo fazer aumentar significativamente não só o retorno financeiro da actividade, como catapultar a capacidade de investimento e a estabilidade financeira da empresa.



Para provar que o nosso país não é cinzento
M.T. Miranda


Finalmente existe alguém que não lhe interessa o bota abaixo gratuito, mas sim realçar o que de positivo temos no nosso Portugal.

Tenho 70 anos, estou reformado, depois de 42 anos de trabalho, tenho habilitações médias, sempre vivi unicamente do meu vencimento mensal e do da minha esposa. Estou satisfeito da vida.

O meu projecto é saborear o dia-a-dia e deixar para os mais novos as iniciativas, das mais simples às mais complexas, porque assim também não roubo postos de trabalho a quem tanto necessita deles.

O projecto antidepressivo é uma ideia simples e genial, porque pode provar que este nosso país não é cinzento.



Prevemos um crescimento rápido
Manuel Dias
Ábaco Consultores

A empresa onde trabalho, a Ábaco Consultores, na área de consultoria de sistemas de informação, já tem 75 pessoas e ganhou um grande projecto no mês passado no Brasil. Está a abrir lá um escritório e prevemos um crescimento rápido nos próximos anos.




Permanente desafio pela sobrevivência
Marcos Lagoa
Resíquimica

Acabámos de completar 12 meses depois de termos adquirido à Materis Pints España uma carteira de clientes espanhóis onde esta vendia resinas e emulsões, bem como uma marca e a tecnologia associada à fabricação dos produtos vendidos. No final de Abril de 2009, fechámos ainda um acordo comercial com a Materis Paints que assegura a compra, pelo terceiro maior fabricante de tintas da Europa, de resinas alquídicas e emulsões à Resiquímica em condições pré-acordadas.

Desde 2003 que apostamos nos mercados externos apesar de, geograficamente, muito limitados pelos custos logísticos. Até Abril de 2009, a exportação foi basicamente de substituição às vendas do mercado interno, à medida que, com o início da crise na construção civil em 2001, o mercado nacional de tintas decorativas foi contraindo.

Em 2009, estes acordos firmados com o grupo Materis traduzem uma reforçada aposta na internacionalização, aposta essa que permitiu à Resiquímica não só assegurar a sua sobrevivência nestes tempos tão conturbados, como manter os níveis de investimento, emprego e formação que trazia, particularmente aqueles respeitantes à investigação e desenvolvimento. O mercado em que operamos assim o exige.

Parece-nos oportuno, para melhor entendermos o alcance de investimento realizado, fazer agora um apanhado, por comparação com o período homólogo, de algumas variáveis de produção e vendas da Resiquímica.

• Quantidade total vendida: mais de 9.500 toneladas ou mais um terço que nos 12 meses anteriores.

• Proporção exportada: 54% versus 33%.


Se é verdade que as vendas associadas a este investimento estavam particularmente concentradas no mercado externo, é importante referir dois pontos que ajudam a explicar este extraordinário desempenho na nossa actividade exportadora. Mais uma vez comparando os 12 meses até Abril de 2010 com os 12 meses anteriores:

• Quantidade total vendida no mercado nacional: menos de 1.600 toneladas (-9,4%).

• Quantidade total vendida nos clientes de exportação já fornecidos pela Resiquímica à data do investimento acima referido: mais de 2.700 toneladas (+29,5%).


Uma palavra de agradecimento aos nossos accionistas e entidades financiadoras, sem a confiança dos quais não teria sido possível realizar este negócio.

Na actual crise económica, a Resiquímica não é excepção no permanente desafio de sobrevivência com o qual a indústria nacional se confronta neste mundo globalizado e altamente competitivo, mas é um desafio desde já aceite e para vencer. Está é a melhor homenagem que podemos fazer ao nosso fundador. Manuel Henrique Júnior (1886-1965) e a todos aqueles que o sucederam.




Três casos de sucesso
Eduardo Catarino
Evolucom

Por acaso, conheço vários casos que estão a correr bem, e espero vir juntar-me a esse leque de experiências positivas, em breve.

No Algarve, perto de Lagos, existe um micro-empresário alemão, que vende um revestimento cerâmico de alta tecnologia. Esse produto, Thermoshield, além de dar cor ao interior e exterior de edifícios, traz uma mais-valia muito significativa às casas: é que este revestimento reforça o isolamento térmico das paredes, ao mesmo tempo que as deixa respirar. http://www.thermo-shield-portugal.com/pt/index.html


Um segundo exemplo vem da Ericeira. A empresa Hidroreport existe já há alguns anos, e começou a sua actividade com a aplicação de um tratamento antiderrapante exclusivo: Posigrip. Este produto pode aplicar-se em qualquer superfície porosa: acontece uma reacção química com a superfície do pavimento, sem que a estética seja consideravelmente afectada. A partir desse momento, graças a uma aplicação simples e rápida, sem obras, esse chão ficará definitivamente antiderrapante.

Após trabalhar com esse produto durante algum tempo, a empresa verificou que havia no mercado muitas aplicações em que se precisava de soluções antiderrapantes para superfícies não porosas (madeira, metal, etc.). Por essa razão, começou a importar várias soluções do estrangeiro, em regime de exclusividade, de modo que hoje em dia, a Hidroreport já é uma empresa que é capaz de apresentar soluções antiderrapantes (e não só) para qualquer tipo de situação. Na área da segurança antiderrapante, a Hidroreport é uma referência nacional. http://www.hidroreport.pt/


A minha micro-empresa, Evolucom, também revende os produtos acima descritos, entre outros, só que está sediada no, e focada para o, Algarve, que é nitidamente um mercado menos competitivo. Ainda assim, enquanto ocorre a divulgação destes e de outros produtos, estão a chegar pedidos de orçamento que certamente se irão transformar em pedidos brevemente.
Sobretudo a aposta numa rede de revendedores de um outro produto representado pela Evolucom, está a produzir igualmente boas perspectivas.

Inovação e qualidade aliados a um óptimo serviço com seriedade, são os factores que são partilhados pelos exemplos acima descritos. Será certamente com a evolução da população nesse sentido, que se criará mais mercado: Desinvestir do produto barato para apostar nos produtos com mais-valias - esse é o caminho para sair da crise e melhorar a vida das pessoas. http://evolucom.tripod.com