Notícia
Imigração sem consenso: ‘Europa Viva’ rumou ao Algarve onde o tema da imigração ilegal na UE teve opiniões opostas
No final da sessão, os jovens algarvios reconheceram a importância do voto e o reflexo que as decisões dos eurodeputados podem ter no dia a dia das suas vidas.
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20 de Maio de 2024 às 10:58
Perante uma plateia de dezenas de jovens, o ciclo de conferências ‘Europa Viva’ rumou até à Escola Secundária de Albufeira, onde contou com a presença de três eurodeputados e uma professora de História. Entre os vários temas em debate, o controlo da imigração ilegal por parte dos países da União Europeia foi o que dividiu opiniões entre os convidados, com posições opostas entre Sandra Pereira, eurodeputada do PCP, e Ana Miguel Santos, eurodeputada do PSD. Na conversa intervieram ainda João Albuquerque, eurodeputado do PS, e Helena Pinto, docente da Universidade Autónoma de Lisboa. Os alunos ficaram a perceber ainda qual o impacto do Orçamento europeu no nosso país. Para aqueles que vão votar pela primeira vez nas eleições europeias, a 9 de junho, há na generalidade uma consciência da importância do poder de voto e a diferença que este pode ter na discussão de diversos assuntos no Parlamento Europeu.
A Escola Secundária de Albufeira é um dos estabelecimentos de ensino inseridos no programa EPAS - Escolas Embaixadoras do Parlamento Europeu. O ciclo de conferências ‘Europa Viva’ é uma iniciativa da CMTV, CM, ‘Jornal de Negócios’, ‘Record’ e revista ‘Sábado’, em parceria com a Universidade Autónoma de Lisboa. No dia 9 de junho serão eleitos 21 eurodeputados portugueses, num universo de 720 em toda a União Europeia, para uma legislatura de cinco anos.
História de desigualdade salarial
Uma das perguntas feitas pelos alunos referia a discussão dos direitos humanos e da igualdade de género na UE. Sandra Pereira, eurodeputada do PCP, contou a história recente de uma trabalhadora de uma fábrica em Braga, cujo patrão propôs à mulher assumir as funções que eram exercidas por um trabalhador homem, cujo salário rondava os 1200 euros, mantendo o salário mínimo que auferia naquela empresa. João Albuquerque, eurodeputado do PS, destacou que os estudos compravam ainda o impacto negativo da maternidade no desenvolvimento das carreiras das mulheres, existindo uma estagnação.
Alterações no PE com novo Governo
Ana Miguel Santos, uma das eurodeputadas presentes, substituiu Paulo Rangel no Parlamento Europeu (PE) há poucas semanas, após este ter integrado o novo Governo português como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. É especializada em Defesa Nacional e Assuntos Europeus.
Ana Miguel Santos
Eurodeputada do PSD
Como foi entrar no Parlamento Europeu no final da legislatura?
É como entrar num TGV a andar. É tudo muito a acontecer, tentarmos perceber o que está a acontecer com os assuntos. Felizmente são temas que eu já acompanho do ponto de vista profissional e académico, mas é uma experiência ótima, foi fantástico termos a oportunidade de servir não só o nosso país mas também os valores europeus.
Os jovens estão mais sensibilizados para o papel dos eurodeputados?
Eu acho que os jovens estão mais interventivos, não estão tão satisfeitos. Quem está na política tem que perceber a razão dessa insatisfação e perceber de que forma podemos inverter este ciclo. Temos de diminuir a distância entre as nossas palavras e a nossa ação e isso vai muito do que é o nosso exemplo pessoal. Os jovens têm aqui esta oportunidade. Os grandes desafios estão para eles e temos de lhes mostrar que estamos capazes de governar este barco.
A Escola Secundária de Albufeira é um dos estabelecimentos de ensino inseridos no programa EPAS - Escolas Embaixadoras do Parlamento Europeu. O ciclo de conferências ‘Europa Viva’ é uma iniciativa da CMTV, CM, ‘Jornal de Negócios’, ‘Record’ e revista ‘Sábado’, em parceria com a Universidade Autónoma de Lisboa. No dia 9 de junho serão eleitos 21 eurodeputados portugueses, num universo de 720 em toda a União Europeia, para uma legislatura de cinco anos.
História de desigualdade salarial
Uma das perguntas feitas pelos alunos referia a discussão dos direitos humanos e da igualdade de género na UE. Sandra Pereira, eurodeputada do PCP, contou a história recente de uma trabalhadora de uma fábrica em Braga, cujo patrão propôs à mulher assumir as funções que eram exercidas por um trabalhador homem, cujo salário rondava os 1200 euros, mantendo o salário mínimo que auferia naquela empresa. João Albuquerque, eurodeputado do PS, destacou que os estudos compravam ainda o impacto negativo da maternidade no desenvolvimento das carreiras das mulheres, existindo uma estagnação.
Ana Miguel Santos, uma das eurodeputadas presentes, substituiu Paulo Rangel no Parlamento Europeu (PE) há poucas semanas, após este ter integrado o novo Governo português como ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros. É especializada em Defesa Nacional e Assuntos Europeus.
Ana Miguel Santos
Eurodeputada do PSD
Como foi entrar no Parlamento Europeu no final da legislatura?
É como entrar num TGV a andar. É tudo muito a acontecer, tentarmos perceber o que está a acontecer com os assuntos. Felizmente são temas que eu já acompanho do ponto de vista profissional e académico, mas é uma experiência ótima, foi fantástico termos a oportunidade de servir não só o nosso país mas também os valores europeus.
Os jovens estão mais sensibilizados para o papel dos eurodeputados?
Eu acho que os jovens estão mais interventivos, não estão tão satisfeitos. Quem está na política tem que perceber a razão dessa insatisfação e perceber de que forma podemos inverter este ciclo. Temos de diminuir a distância entre as nossas palavras e a nossa ação e isso vai muito do que é o nosso exemplo pessoal. Os jovens têm aqui esta oportunidade. Os grandes desafios estão para eles e temos de lhes mostrar que estamos capazes de governar este barco.