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Ao minuto03.11.2022

Hidrogénio verde é a solução, diz Andy Brown. Moedas defende equilíbrio no alojamento local

Acompanhe aqui, ao minuto, os principais desenvolvimentos na Web Summit, nesta quinta-feira.

Mariline Alves
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03.11.2022

É preciso equilíbrio entre Airbnb e quem mora na cidade, diz Carlos Moedas

Carlos Moedas voltou a aproveitar o seu tempo de antena no palco principal da Web Summit para falar da Fábrica de Unicórnios. À conversa com Nathan Blecharczyk, um dos fundadores da Airbnb, o presidente da Câmara de Lisboa voltou a refletir o quão atrativa para empresas tecnológicas a capital do país está.

Os dois em palco falaram também sobre a importância da relação entre as empresas do setor com os governos. "Em concreto, nós na Airbnb temos ajudado as câmaras a coletar as suas taxas municipais. É fácil fazê-lo com hotéis mas não tão fácil quando estamos a falar de pessoas individuais", indicou o chefe de estratégia da plataforma.

Moedas concordou, contudo relembrou a necessidade de equilíbrio, quando se fala de Airbnb. "A Airbnb foi muito importante para as pessoas durante a crise. Foi uma forma de conseguirem um rendimento extra. Contudo é preciso um equilíbrio entre o alojamento local e as pessoas que moram na cidade. Tem que haver um incentivo à inovação innovation e protect the fragile. Lisboa tem trabalhado nesse equilíbrio", indicou o autarca, referindo a sua medida de apoio à habitação para idosos.

Na despedida, Carlos Moedas não resistiu a voltar a referir a sua mais recente coqueluche. "Venham a Lisboa, temos uma Fárbica de Unicórnios. Venham fazer parte do sonho", apelou.

03.11.2022

Andy Brown: O hidrogénio verde vai criar uma série de soluções

Andy Brown não tem grandes dúvidas: num setor com muitos desafios pela frente, o hidrogénio verde é uma das melhores apostas, já que vai "criar uma série de soluções".

O CEO da Galp acabou de participar num encontro na Web Summit com a Bloomberg onde o tema foram os desafios da energia no futuro e foi perentório: "estamos a entrar numa transição de décadas". Além do "conflito, da guerra, temos a crise do clima, com o mundo a ter de reduzir as emissões. Então temos uma crise de energia além de uma crise de clima", frisou o empresário.

Questionado sobre os preços elevados da energia que se têm feito sentir a nível global – e sobre se se poderão manter assim –, o responsável explicou que as transições para as energias renováveis em todo o mundo serão enormes e vão implicar gastos muito elevados, que poderão chegar ao dobro. "E se vamos gastar o dobro, a energia vai custar o dobro", disse. "Por isso penso que estamos a entrar num período onde a energia barata não vai fazer parte das nossas vidas", frisou.

Brown, que deixa de ser CEO da Galp no final deste ano, explicou ainda que a empresa gasta metade do dinheiro em energia renovável e metade em combustível e gás, porque ainda são necessários. "Temos de acelerar as alternativas" disse, lembrando que o mundo está a descarbonizar a 4% por ano mas para cumprir metas climáticas tem de o fazer a 15% por ano lembrou – frisando que "temos de agir mais rápido". 

Temos de ter governos a criar mandatos e regulamentos para que quando há como agora uma crise energética, que temo que venha para ficar, o dinheiro gerado não seja taxado e redistribuído; mas taxado e investido nas energias que precisamos".

Sobre os lucros extraordinários, voltou a dizer que a Galp não tem lucros excessivos, porque tem perdido dinheiro no gás (o que já tinha sido explicado pelo CEO com os cortes de abastecimento de gás na Nigéria) e porque tem investido em energias renováveis, adiantando ainda mais tarde que muito do dinheiro que a Galp gera vem, não de Portugal, mas do Brasil.

Quanto ao tipo de tecnologia ou energia que mais o entusiasma nesta fase de transição, disse: "para mim o hidrogénio verde, que vai criar muitas soluções" no transporte, aviação, e numa série de outros setores.

03.11.2022

Ramos Horta: "A tecnologia devia chegar também aos países periféricos"

Ramos Horta foi um dos nomes fortes da tarde desta quinta-feira no palco principal da Web Summit.

O presidente de Timor-Leste apresentou o seu país como pacífico e tranquilo, que em duas décadas conseguiu uma boa relação com todos os vizinhos e potênciais mundiais. Assumiu, contudo, um nível elevado de fome e pobreza.

"Durante anos era tão difícil tirar as pessoas da pobreza. Agora é mais fácil com a inovação e a tecnologia. Porque é que a tecnologia não chega aos países da periferia do mundo", questionou.

"Não devemos ter de esperar pelo FMI e pela ajuda estatal dos países industrializados. As empresas privadas - e a vossa criatividade e brilhantismo - podem ajudar trazendo até nós a tecnologia", indicou o presidente de Timor-Leste.

"Quero acabar com a fome e a pobreza no meu país nos próximos cinco anos", assegurou Ramos Horta, concluindo que tal seria possível com a ajuda de todos os presentes.

03.11.2022

Ao segundo dia, a Web Summit parece mais cheia do que nunca – a culpa será da chuva

Ao segundo dia de programa, a Web Summit parece mais cheia do que nunca, sobretudo na zona dos pavilhões. A "culpa" será da chuva que se faz sentir em Lisboa e que tenderá a concentrar as pessoas no interior.

Na véspera, o número de participantes seria idêntico, mas os muitos espaços ao ar livre e de comida, a chamada Food Summit que é só coberta em parte, ajudavam dispersar.

O tema do número de participantes tem sido recorrente ao longo da cimeira: este ano, já foi anunciado, 71.033 pessoas estão a participar no evento, vindas de 160 países, o que é um recorde. O próprio CEO e fundador da Web Summit, Paddy Cosgrave, já admitiu que esta edição trouxe "uma escala que nunca operámos antes", lembrando que o espaço da FIL, Altice Arena e áreas adjacentes, "foi esticado ao limite, estamos a usar todo o espaço disponível na área".

Recorde-se que, antes da pandemia, chegou a ser colocada a hipótese de construir mais espaços para acomodar o sucesso da iniciativa, uma ampliação da FIL que não chegou a avançar.

Em diversas entrevistas, o CEO já reiterou a esperança de que isso ainda venha a acontecer – até 2028, prazo acordado para o evento se manter em Lisboa, ou mesmo depois, já que a vontade de estender este prazo também já foi expressa por Cosgrave – mas para já, este ano a organização "teve de construir estruturas temporárias", o equivalente a 200 courts de ténis admitiu hoje o empresário irlandês na conferência de imprensa.

Na mesma conferência, falando sobre o futuro, Cosgrave disse apenas ter preocupações face aos limites do local, se a adesão continuar a querer crescer: "temos de ter o cuidado de nunca lotar o espaço além do que seria o limite de segurança", frisou, algo que está obviamente salvaguardado nesta edição apesar de sentir "um número muito intenso de pessoas".

Sem deixar dicas para as soluções futuras, que poderão depender do governo e do eventual alargamento, o responsável agradeceu a todo o apoio das forças de segurança portuguesas.

03.11.2022

"A crise do clima vai ultrapassar todas as outras crises que estamos a viver", acredita Brad Smith

Brad Smith é já um repetente na Web Summit. Na edição de 2022 o vice chair e presidente da Microsoft subiu ao palco para falar de alterações climáticas, do papel das tecnologia para resolver essa crise e dos passos que a empresa fundada por Bill Gates está a dar nesse campo.

"Estamos a viver um tempo que obriga a que nos foquemos em muitas coisas", indicou Brad Smith, enumerando a guerra (aproveitando para recordar o anúncio de 100 milhões de dólares extra de ajuda da Microsoft à Ucrânia), a pandemia, as alterações climáticas e uma recessão. "Mas enquanto ajudamos a Ucrânia e combatemos a pandemia, não podemos desfocarmo-nos das alterações climáticas. Essa crise vai ultrapassar todas as outras."

Frisando que até 2030, a Microsoft quer atingir a neutralidade carbónica - e toda a companhia está a trabalhar para isso - Brad Smith acredita que todas as empresas podem transformar a emergência climática em progresso. "Temos de olhar para as nossas operações e negócios. Todos temos de encontrar novas formas de inovar de forma a sairmos desta confusão."

No campo das soluções, o presidente da Microsoft enumerou o poder dos dados e da inteligência artifical, a importância da criação de novos mercados (sobretudo mercados de carbono), a criação de nova legislação e a aposta em talentos necessários na área do clima. "Temos que nos mexer o mais rápido que conseguirmos."

Frisando que a Microsoft foi a empresa que mais removeu as suas emissões de carbono, recordou que o mundo tem de ser neutro em carbono até 2050. "Temos de investir em tecnologia para remover as emissões de carbon. Líderes do mundo, apostem o vosso dinheiro nisso".

"Temos de ser mais rápidos do que qualquer outra geração. Mas olhando para todos vós, deixo-vos estas quatro palavras: isto pode ser feito! Depende de nós. Depende de vocês", concluiu Brad Smith.

03.11.2022

Economia azul "não será sustentável como negócio se não atrairmos investidores privados", diz CEO da Startup Portugal

Numa conferência dedicada às oportunidades que a economia azul traz para as startups, o CEO da Startup Portugal afirmou que Portugal é referência na economia azul. "Somos um dos países líderes que estão de facto a tomar ações concretas para colocar a economia azul no centro", disse António Dias Martins. 

A título de exemplo, o responsável lembrou que a segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas teve lugar em Lisboa. 

O responsável apontou que o grande desafio neste momento é atrair investidores privados para esta área, apontando que os fundos públicos são importantes, mas que esta área não será sustentável em termos de negócio sem investidores privados.

Leia mais aqui.

03.11.2022

Paddy Cosgrave leva Web Summit a África e Médio Oriente em 2025/26

Paddy Cosgrave, fundador e CEO da Web Summit terminou há instantes uma conferência de imprensa onde fez um novo balanço da edição deste ano, reiterando a dimensão a que o evento chegou. "A Web Summit voltou numa escala que nunca operámos antes. Foi esticada ao limite, estamos a usar todo o espaço disponível na área", frisou o CEO do evento.

Cosgrave voltou a lembrar que há 18 meses, com 12 meses de pandemia, havia uma possibilidade distinta de a Web Summit simplesmente desaparecer: "Se não tivéssemos tido o evento limitado em novembro de 2021 não penso que existiriamos hoje" voltou a dizer, reiterando que este ano a organização teve de construir estruturas temporárias, nunca teve tantos exibidores, startups, investidores de primeira linha (que duplicaram em relação a 2021), e agradeceu aos serviços de segurança portugueses.

Sobre o facto de Lisboa se ter tornado uma cidade "boom" para a tecnologia e nómadas digitais, disse ainda, referindo-se ao impacto direto do evento nessa transformação da capital: "Eu gostava de dizer que a Web Summit fez Lisboa, mas Lisboa fez a Web Summit", frisando que "os ingredientes já cá estavam", como a cultura o ambiente, o clima, a história e perguntando "quem não quereria trabalhar aqui?"

"Talvez tenhamos tido um papel pequeno no sentido de reparar na onda que se estava a formar e temos vindo a surfar essa onda de Lisboa desde então", disse. Sobre o futuro, Cosgrave explicou estar apenas preocupado com os limites do local: "Temos de ter cuidado de nunca lotar o espaço além do que seria o limite de segurança, há um numero muito intenso de pessoas", mas reiterou: "estamos aqui até 2028 e vejo-nos a ficar mais tempo que isso", disse

Cosgrave falou ainda dos planos de expansão. Dubai está nos planos, adiantou o fundador, garantindo que já reuniu com a delegação desse estado e várias outras do Médio Oriente e África: "a nossa ambição é tornar a Web Summit ainda mais global do que já é", falando em eventos possíveis em África e Médio Oriente em 2025/26, dizendo estar estudar a opção de Pequim e adiantando que quem gere um negócio quer normalmente que ele seja "o mais global" possível.

Questionado sobre a aquisição de Elon Musk do Twitter, o CEO da Web Summit disse não ter nenhuma opinião para partilhar que "acrescente algo às milhares" que têm sido partilhadas mas acrescentou que todo o episódio é como um "Truman Show ou Kardashians com esteroides, é um dom de material para jornalistas".

03.11.2022

Microsoft renova apoio à Ucrânia

A Microsoft vai continuar a fornecer apoio tecnológico à Ucrânia durante o ano de 2023. O anúncio foi feito pelo presidente da Microsfot, Brad Smith, durante uma conferência de imprensa conjunta com o vice-primeiro-ministro ucraniano, Mykhailo Fedorov, na Web Summit. 

A utilização dos serviços da gigante tecnológica terão um custo de cerca 100 milhões de dólares, o que eleva o total do apoio prestado pela empresa norte-americana desde o início da invasão russa a 400 milhões de dólares. 

Mykhailo Fedorov sublinhou a importância do contributo da gigante tecnológica e realçou que a tecnologia tem sido essencial no combate à Rússia.

03.11.2022

O que valoriza os NFT é a propriedade, explica a CEO da Yuga Labs

O arranque do segundo dia oficial da Web Summit é feito no palco principal com Nicole Muniz, a CEO da Yuga Labs, uma das maiores e mais influentes plataformas de NFT a nível global.

Respondendo à crítica de que um NFT é apenas uma imagem digital cara, "uma JPEG que custa muito dinheiro", Nicole Muniz respondeu que são os direitos que fazem a diferença entre um JPEG e um NFT. "Quando temos os direitos, esse JPEG é teu. O conceito de propriedade é o que faz a diferença nos NFT", explicou.

"Yuga começou com dois amigos que queriam contar uma história divertida e tonta", contou, recordando que, na fundação do projeto, em fevereiro de 2021, o preço dos primeiros NFT era de 200 dólares. Atualmente cada um desses NFT vale milhares. "Se pudéssemos voltar no tempo...", brincou.

A CEO da Yuga Labs revelou também vários dos planos da empresa para projetos no metaverso.

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