A TAP irá neste mês e no próximo pagar seis salários-base extraordinários aos seus pilotos a título de indemnização compensatória por recurso a voos externos, o que deverá pesar 60 milhões de euros nas contas da companhia, avança nesta sexta-feira o Expresso.

Segundo o semanário, a indemnização decorre de terem sido ultrapassados os limites à contratação externa de voos previstos no acordo de empresa com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC). Está em causa o Regulamento do Recurso à Contratação Externa (RRCE), um mecanismo que esteve suspenso durante a pandemia e que foi retomado em 2023 com o novo acordo de empresa do SPAC, escreve o jornal.

O jornal fez as contas ao custo da indemnização tendo em conta o valor de retribuição-base dos 1200 pilotos da companhia, apontando para 60 milhões de euros.

O Expresso indica que é a Portugália, ainda inserida na TAP SGPS, que mais pesa no recurso a voos externos e cita informação recente publicada no Boletim de Trabalho e Emprego na qual é definido que a companhia é considerada uma empresa fora do grupo. Os regulamentos, acrescenta o jornal, obrigam a pagar salários extra a pilotos da TAP quando os voos da Portugália ultrapassem em 8% os voos globais da TAP.