Notícia
Pestana Hotel Group preocupado com consequências de obras no Porto de Setúbal
Para o Pestana Hotel Group, há ainda a possibilidade de contaminação dos locais intervencionados, o que terá consequências ambientais e económicas para a actividade turística naquela região de Setúbal.
12 de Outubro de 2018 às 18:46
O Pestana Hotel Group manifestou esta sexta-feira, 12 de Outubro, preocupação relativamente às consequências ambientais das obras de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao Porto de Setúbal, defendendo que o estudo de impacto ambiental valoriza mais o interesse industrial.
"O Pestana Hotel Group manifesta a sua profunda preocupação relativamente às obras de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao Porto de Setúbal, pela dimensão da intervenção e as suas possíveis consequências ambientais sobre o Estuário do Sado e a Península de Tróia", disse, em comunicado, o grupo.
De acordo com o grupo, tudo indica que o estudo de impacto ambiental associado ao projecto "valoriza mais os aspectos económicos e o interesse industrial", colocando em segundo plano consequências como o depósito de sedimentos frente a zonas balneares, o desassoreamento das praias, a afectação das colónias de golfinhos e a destruição de fundos e reservas de pesca.
Para o Pestana Hotel Group, há ainda a possibilidade de contaminação dos locais intervencionados, o que terá consequências ambientais e económicas para a actividade turística.
"Não se percebe como um projecto com este impacto ambiental está a avançar, tendo em conta que, até à data, todos os projectos turísticos desenvolvidos na região foram submetidos a rigorosas restrições ambientais, em função da sua inserção ou proximidade com a Reserva Ecológica da Rede Natura 2000", disse, citado no mesmo documento, o responsável pela área de negócios do grupo, José Roquette (na foto).
O responsável adiantou ainda que "foram impostas e aceites grandes limitações no que respeita ao impacto nesta região tão sensível", apesar de não serem geradores de factores de poluição.
"É incompreensível, e de enorme irresponsabilidade, que se ponha em risco todo o ecossistema do estuário do Sado e da península de Troia", concluiu.
Em 12 de Setembro, o Governo perspectivou ter concluídas até ao final de maio do próximo ano as obras de melhoria das acessibilidades marítimas do Porto de Setúbal, uma intervenção orçada em 24,5 milhões de euros.
Numa cerimónia que decorreu no Ministério do Mar, em Lisboa, a ministra Ana Paula Vitorino oficializou o contrato que vai permitir construir esta infraestrutura portuária, que terá um financiamento comunitário de cerca de 14,8 milhões de euros.
A intervenção irá incidir nos canais da Barra e Norte, alargando-os e permitindo, assim, o acesso ao Porto de Setúbal de "navios maiores e mais modernos", melhorando, igualmente, a navegabilidade e a segurança da navegação.
"Esta nova configuração do Porto de Setúbal vai permitir aumentar a segurança e eficiência do transporte e garantir a competitividade do tecido empresarial ao potenciar a captação de mais tráfego", explicou, na altura, durante a sua intervenção, a presidente do Conselho de Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Lídia Sequeira.
"O Pestana Hotel Group manifesta a sua profunda preocupação relativamente às obras de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao Porto de Setúbal, pela dimensão da intervenção e as suas possíveis consequências ambientais sobre o Estuário do Sado e a Península de Tróia", disse, em comunicado, o grupo.
Para o Pestana Hotel Group, há ainda a possibilidade de contaminação dos locais intervencionados, o que terá consequências ambientais e económicas para a actividade turística.
"Não se percebe como um projecto com este impacto ambiental está a avançar, tendo em conta que, até à data, todos os projectos turísticos desenvolvidos na região foram submetidos a rigorosas restrições ambientais, em função da sua inserção ou proximidade com a Reserva Ecológica da Rede Natura 2000", disse, citado no mesmo documento, o responsável pela área de negócios do grupo, José Roquette (na foto).
O responsável adiantou ainda que "foram impostas e aceites grandes limitações no que respeita ao impacto nesta região tão sensível", apesar de não serem geradores de factores de poluição.
"É incompreensível, e de enorme irresponsabilidade, que se ponha em risco todo o ecossistema do estuário do Sado e da península de Troia", concluiu.
Em 12 de Setembro, o Governo perspectivou ter concluídas até ao final de maio do próximo ano as obras de melhoria das acessibilidades marítimas do Porto de Setúbal, uma intervenção orçada em 24,5 milhões de euros.
Numa cerimónia que decorreu no Ministério do Mar, em Lisboa, a ministra Ana Paula Vitorino oficializou o contrato que vai permitir construir esta infraestrutura portuária, que terá um financiamento comunitário de cerca de 14,8 milhões de euros.
A intervenção irá incidir nos canais da Barra e Norte, alargando-os e permitindo, assim, o acesso ao Porto de Setúbal de "navios maiores e mais modernos", melhorando, igualmente, a navegabilidade e a segurança da navegação.
"Esta nova configuração do Porto de Setúbal vai permitir aumentar a segurança e eficiência do transporte e garantir a competitividade do tecido empresarial ao potenciar a captação de mais tráfego", explicou, na altura, durante a sua intervenção, a presidente do Conselho de Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, Lídia Sequeira.