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Lisboa: uma cidade com 15 novos hotéis em 2018

Quando as vozes mais críticas já dizem que o número de hotéis em Lisboa é excessivo, o sector responde com mais aberturas. Num calendário traçado a longo prazo, 2018 repetirá a proeza deste ano. A reabilitação é um dos vectores da estratégia.

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São pelo menos 15 os novos hotéis que vão abrir portas na cidade de Lisboa em 2018, trazendo mais de 1.600 quartos à capital. A lista que o Negócios apresenta resulta do cruzamento de dados de consultoras imobiliárias – JLL, CBRE, Worx e Cushman & Wakefield – e da própria Associação Turismo de Lisboa.

O número coincide com os 15 hotéis que a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) estima que comecem a funcionar no próximo ano. E mantém-se em linha com os 15 cuja abertura estava prevista para este ano.

Deste ano são exemplos as aberturas do 1908 Lisboa Hotel, no Largo do Intendente gerido pela Amazing Evolution, e o Corpo Santo Lisbon Historical Hotel, já perto do Cais do Sodré e que integra património arqueológico.

Para o próximo ano, está prevista a abertura de três hotéis My Story Hotel, marca detida por Acácio Teixeira, dono da rede de sapatarias Seaside. A aposta, como até agora, será feita na área da Baixa com a recuperação de edifícios.

Com a abertura do  Eurostars Museum marcada para Dezembro, um investimento de 23 milhões de euros junto ao Campo das Cebolas, os espanhóis da Hotusa têm mais três projectos para abrir em 2018.

"A nossa sensibilidade é que não mais do que 30% a 40% dos hotéis anunciados para determinado ano chegam efectivamente a abrir." karina simões, Responsável da JLL para a área de hotelaria

Também a marca Meliá deverá chegar a Lisboa com um hotel de cinco estrelas, em parceria com o fundo Discovery. São 239 quartos na zona do Marquês de Pombal mas que, com a demora no arranque das obras, poderão só chegar em 2019.

"A nossa sensibilidade é que não mais do que 30% a 40% dos hotéis anunciados para determinado ano chegam efectivamente a abrir", explica a responsável da área de hotelaria da JLL, Karina Simões.

Geralmente, o que é anunciado são intenções de investimento que encontram dificuldades de licenciamento e/ou financiamento. Depois, há projectos que acabam por cair: como o Convento de Santa Clara – de onde a Hoti Hotéis saiu da sociedade, voltando-se a intenção de investimento para o ramo residencial – ou o Moov no Marquês de Pombal – cujo terreno a Endutex, dona desta marca hoteleira, acabou por vender.

Este é um cenário que tem levado ao surgimento de críticas da existência de excesso de hotéis na capital. O balanço do Registo Nacional de Turismo aponta para 201 hotéis actualmente no concelho de Lisboa. "O aumento é para responder à procura. Estamos muito longe dos máximos. O único problema de Lisboa é a capacidade do aeroporto", rejeita Raul Martins, presidente da AHP.

Com uma ocupação a rondar os 75%, "a oferta não é excessiva", acrescenta o também dono dos hotéis Altis. Nos últimos quatro anos, o reforço da capacidade hoteleira na capital "foi de 20%" – ritmo que Raul Martins prevê que se mantenha na mesma duração temporal daqui para a frente.

Assim, se a solução da pista complementar do Montijo – e até mesmo de um novo aeroporto – não entrar em funcionamento a tempo, Raul Martins estima que a taxa de ocupação em Lisboa, perante a abertura de novos hotéis e o mesmo número de turistas, possa baixar dos 75% para os 65%. 

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