Francisco Calheiros (na foto), presidente do Conselho de Administração da Espírito Santo Viagens, garantiu que a situação da empresa está normalizada, com a passagem das contas do banco mau para o Novo Banco.

"Neste momento, as contas dos hotéis estão normalizadas. A questão que houve de início foi a transição do banco antigo para o banco novo. Mas neste momento está tudo normalizado. Recebemos e pagamos como antes", assegurou à edição do jornal i desta segunda-feira, 18 de Agosto.

"No caso da Espírito Santo Viagens, estivemos 10 dias para que fosse feita a transferência de saldos do banco antigo para o banco novo e a partir daí não houve mais problemas", reforçou. Calheiros considera que a decisão do Banco de Portugal "foi razoável".

Enquanto presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), Calheiros considera que o Governo tem utilizado pouco a concertação social. "Na minha opinião, este Governo não aproveitou como devia a concertação social, como um fórum importantíssimo para encontrar consensos entre as partes. Só ouve os parceiros quando é obrigado. Para mim foi o mais difícil enquanto presidente da Confederação", referiu.

Francisco Calheiros defendeu ainda que o sector do turismo deveria ter um tratamento fiscal diferenciado, tendo em conta o seu crescimento e contributo para a economia do País. "Achamos que devia haver regimes especiais que nos permitissem ganhar o País para o turismo", afirmou. Ao i, considerou ainda que a nova proposta de fiscalidade verde "vai ser um problema".

O presidente da CTP vê "com alguma apreensão" a eventual privatização da TAP, empresa que considerou "determinante para o turismo português".