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Facebook dá like e guia paixão pela cidade do Porto
Não atribui pontuações nem há lugar para emojis sorridentes. Mas o novo guia turístico do Porto põe o Facebook a dar a resposta possível sobre onde comer a melhor francesinha, e até a sugerir percursos para correr pela cidade ao som de Rui Veloso. Palavra de portuense.
Conhecido, entre outras coisas, por juntar pessoas com gostos e interesses comuns, mas também por ser um espaço aberto à discussão, o Facebook quer agora guiar quem visita a cidade do Porto pelos lugares que as suas próprias gentes definem como "o melhor". O Guia das Comunidades do Facebook chegou à Invicta esta terça-feira, 12 de novembro.
A tese de mestrado de Vítor Tavares sobre os "não-lugares", locais sem identidade ou referência história, levou-o a criar um grupo no Facebook, onde já juntou quase três mil pessoas que partilham o interesse pelo painel de Vhils em Miragaia ou a paisagem ao fundo da Rua de São Bento da Vitória.
O "Não-lugares no Porto" é uma das 22 comunidades "facebookianas" que preenchem as páginas deste novo guia da cidade. "O Porto é uma cidade num momento de particular ebulição, um ponto turístico aclamado pelo mundo fora e, ao mesmo tempo, um espaço com uma complexa história social e urbana", afirma o Facebook em comunicado. Em 2018, a Invicta entrou para a lista das cem cidades mais visitadas do mundo.
Se encontramos todos os assuntos no feed daquela rede social, também no "mundo real" deve ser assim. Além de espaços, há experiências, mas também dicas de gastronomia, feiras, percursos de corrida, os melhores locais de concertos, sugestões para os adeptos do skate, e até comunidades dedicadas à filosofia no guia do Facebook - sim, filosofia!
O restaurante Duas de Letra, em São Lázaro, e a Livraria Flâneur são dois locais onde Tomás Magalhães Carneiro, Tiago Sousa e Rui André Lopes se encontram para discutir o tema e agora querem estender o convite além dos "amigos" que têm no grupo do Clube Filosófico do Porto no Facebook.
O guia, construído com base nas comunidades no mundo digital, "fervorosamente dedicadas à história esquecida e as que procuram os novos espaços que estão a alterar a paisagem da cidade", chega ao Porto, em versão papel e digital, depois do lançamento, há precisamente um ano, em Lisboa.