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DN: Inatel promoveu 450 funcionários à pressa
Em cinco meses, a anterior administração da Fundação Inatel promoveu 450 trabalhadores. A nova já suspendeu 101 reclassificações, noticia o Diário Notícias (DN) na edição desta quinta-feira, 3 de Março.
A anterior administração da Fundação Inatel, nomeada pelo governo PSD-CDS, promoveu - através de reclassificações e entradas nos quadros - mais de 450 trabalhadores entre Setembro de 2015 e Janeiro deste ano, noticia o DN.
Um número que equivale a perto de metade de todos os quadros ou contratados a termo que esta entidade, conhecida pelas ofertas de turismo a custos moderados, tinha ao seu serviço.
Destes reposicionamentos, 101, decididos no início deste ano, foram suspensos pela nova direcção liderada por Francisco Madelino. Mas as restantes promoções, a confirmarem-se, terão um impacto anual da ordem dos 450 mil euros.
As decisões tomadas pela anterior equipa - liderada pelo antigo secretário de Estado de António Guterres, Fernando Ribeiro Mendes - já foram entregues aos serviços jurídicos pelo novo presidente do conselho de administração, Francisco Madelino. O objectivo, confirmou ao DN o economista, é apurar se foi, ou não, violada a Lei 55-A (Orçamento do Estado para 2010) na norma - renovada todos os anos desde então, até 2015 - que impedia estas promoções na esfera do Estado, incluindo em fundações pública.
O DN diz ainda que tentou contactar Fernando Ribeiro Mendes através do Instituto Superior de Economia e Gestão, onde é docente, mas todas as tentativas se revelaram infrutíferas.
A vaga de promoções no Inatel começou no dia 1 de Setembro de 2015 , menos de dois meses antes do termo do mandato da anterior administração. Nessa data, a instituição - que entre 2008 e 2014 tinha aumentado apenas dois trabalhadores aos seus quadros (ver gráfico) - confirmou de uma assentada a vinculação de 111 pessoas. Uma medida que terá sido justificada com a necessidade de resolver a situação de trabalhadores com contrato a termo que estavam no limite das renovações: "Argumentou-se com a necessidade de passar pessoas que estavam a prazo para efectivas porque senão tinham de ser despedidas", contou Madelino, acrescentando que veio a verificar-se que "a generalidade deles não estava" em risco.