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Crescimento das receitas do turismo abrandou em junho

O rendimento médio por quarto ocupado atingiu 132 euros, um aumento de 8%, com os valores mais elevados a serem registados na Grande Lisboa (170,9 euros), no Algarve (139,8 euros) e nos Açores (128,4 euros).

Os norte-americanos têm impulsionado o turismo na Europa. Portugal tem redobrado esforços para captar mais turistas deste mercado.
Sérgio Lemos
14 de Agosto de 2024 às 11:38
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Os proveitos do alojamento turístico atingiram 688 milhões de euros no mês passado, trata-se de uma subida de 12,7% mas inferior à registada no mês anterior (15,3%), de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo INE. 

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) situou-se em 85 euros (mais 9,4%) e o rendimento médio por quarto ocupado (ADR) atingiu 132 euros, uma evolução de 8%, com os valores mais elevados a registarem-se na Grande Lisboa (170,9 euros), no Algarve (139,8 euros) e nos Açores (128,4 euros).

O abrandamento do  crescimento dos proveitos foi sentido pelos três segmentos de alojamento e olhando para os dados acumulados do segundo trimestre do ano, as receitas totais e de aposento aumentaram 10,9% e 10,7%, respetivamente, abrandando  também face aos crescimentos dos últimos dois trimestres. De janeiro a março tinham crescido  em média 15% e no quarto trimestre de 2023 16%.

No entanto, como o INE destaca, "os resultados trimestrais foram influenciados pela estrutura móvel do calendário", ou seja, pelo efeito do período de férias associado à Páscoa, que este ano se repartiu entre março (primeiro trimestre) e abril (segundo trimestre), enquanto no ano anterior se concentrou apenas no segundo trimestre.

Estrangeiros sustentam crescimento

Fazendo as contas aos primeiros seis meses do ano, as dormidas registaram um crescimento de 4,5% para 35,5 milhões, dando origem a aumentos de 12,3% nos proveitos totais. Este incremento deveu-se, principalmente, às dormidas de não residentes, que cresceram 5,8%, enquanto as de residentes registaram um crescimento mais modesto (+1,4%).

O INE destaca ainda o facto de os municípios de Lisboa e do Porto, em conjunto, concentrarem mais de metade do total de dormidas dos mercados brasileiro (60,8%), norte americano (59,7%) e italiano (57,3%)  no primeiro semestre do ano.

"Considerando a generalidade dos meios de alojamento (estabelecimentos de alojamento turístico, campismo e colónias de férias e pousadas da juventude), registaram-se 3,3 milhões de hóspedes e 8,5 milhões de dormidas em junho, refletindo crescimentos de 6,7% e 4,8%, respetivamente", detalha. Só no mês de junho, as dormidas de residentes aumentaram 3,5% e as de não residentes cresceram 5,4%.

(Notícia atualizada às 11h53 com mais informação)

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