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Urbanos quer totalidade da Groundforce após lucros do "handling"
A empresa de assistência em terra é detida em 49,9% pela TAP e em 50,1% pela Urbanos e esta última pretende exercer o direito de comprar a participação da transportadora aérea portuguesa na Groundforce, avança o "Público".
Depois de oito anos de prejuízos, a Groundforce regressou aos lucros e o grupo presidido por Alfredo Casimiro quer 100% do seu capital para apostar na internacionalização. "Precisamos de ter a companhia disponível para a fazer crescer noutros mercados", disse o empresário ao "Público", acrescentando que a decisão é avançar para a aquisição de 100% da Groundforce.
O Grupo Urbanos chegou a um acordo de princípio com a TAP para a compra de 50,1% do capital da empresa de assistência nos aeroportos Groundforce em 2012, que só foi oficializado um ano depois, quando o Ministério das Finanças deu autorização. No acordo, ficou estabelecido que a Urbanos teria direito a comprar os 49,9% detidos pela TAP na Groundforce e que, caso não quisesse avançar para a aquisição de 100% do "handling", teria de abdicar da participação maioritária que controla.
Recorde-se ainda que a Groundforce registou prejuízos de 1,5 milhões de euros, em 2012, mas que o presidente da Urbanos acreditava que, com o novo acordo de empresa, a Groundforce regressaria aos lucros em 2013, o que aconteceu. A empresa registou um lucro superior a dois milhões de euros no ano passado.
Ao "Público", o presidente da Urbanos revelou não apenas a decisão de avançar para a compra da totalidade da Groundforce como também que acredita que, lá fora, a empresa de "handling" conseguirá ter "sustentabilidade" e que, a partir do momento em que os projectos internacionais estiverem em curso, "será possível crescer 10% ao ano".
O Grupo Urbanos foi também um dos interessados à privatização dos CTT e, segundo Alfredo Casimiro, o interesse em investir na empresa mantém-se.