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Trabalhadores da Carris em greve de 24 horas na quinta-feira

Trabalhadores da rodoviária de Lisboa Carris realizam na quinta-feira uma greve de 24 horas contra a subconcessão da transportadora, agendando também uma marcha de protesto e um debate para analisar o caderno de encargos do concurso público.

Miguel Baltazar/Negócios
13 de Maio de 2015 às 13:10
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Fonte da Carris disse esta quarta-feira que, por motivo da greve, "prevê-se a perturbação do serviço de transporte da Carris, quinta-feira, dia 14 de Maio, a partir das 3h (ainda que possam ocorrer perturbações pontuais no final do dia 13 de Maio, hoje), prolongando-se a mesma até ao final do último serviço do dia".

 

De acordo com Manuel Leal, da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (FECTRANS), a greve pretende lutar "contra o processo de privatização da Carris, que constituirá a tentativa da constituição de mais uma parceria público-privada, penalizando quer trabalhadores quer utentes, destruindo o serviço público que esta empresa presta hoje à população".

 

Além da greve de 24 horas, os trabalhadores realizam também uma marcha de protesto, a partir das 7h30, entre a Estação de Santo Amaro, em Alcântara, e a Assembleia da República.

 

A Comissão de Trabalhadores (CT) da Carris e algumas das estruturas sindicais marcaram também um debate no cinema São Jorge, às 10h, para analisar o caderno de encargos e o impacto da subconcessão para a empresa e os trabalhadores, com a participação de investigadores.

 

A greve foi inicialmente marcada por ser na quinta-feira o prazo previsto para o fim dos concursos públicos de subconcessão da Carris e do Metro, mas os concursos foram prolongados para data indeterminada devido ao número de questões colocadas pelos interessados, disse hoje fonte da Transportes de Lisboa.

 

O tribunal arbitral do Conselho Económico e Social decretou como serviços mínimos para esta greve o funcionamento de 50% de 11 carreiras, tendo em conta linhas que desempenham "um papel essencial no acesso das pessoas à rede hospitalar pública e, consequentemente, a necessidade de protecção do direito à saúde, constitucionalmente consagrado".

 

Em funcionamento estarão as carreiras 703 (Charneca do Lumiar - bairro de Santa Cruz), a 708 (Parque das Nações -- Martim Moniz), a 735 (Cais do Sodré -- Hospital de Santa Maria), a 736 (Cais do Sodré -- Odivelas) e a 738 (Quinta Barros -- Alto de Sto. Amaro).

 

Também é considerado como serviço mínimo o funcionamento de 50% das carreiras 742 (Casalinho da Ajuda -- Bairro da Madre de Deus), 751 (Linda-a-Velha - Estação de Campolide), 755 (Poço do Bispo -- Sete Rios), 758 (Cais do Sodré -- Portas de Benfica), 760 (Cemitério da Ajuda -- Gomes Freire) e 767 (Mártires da Pátria -- Estação da Damaia).

 

Em total funcionamento estará o serviço de transporte exclusivo de pessoas com mobilidade reduzida.

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