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Stadler estuda investimento em Portugal
A fabricante suíça diz estar a analisar a possibilidade de desenvolver um projeto em Portugal, mas quer conhecer em detalhe os planos para o lançamento de novos concursos no país para a modernização do material circulante.
A Stadler, empresa que venceu os concursos para fornecer novos comboios à CP e ao Metropolitano de Lisboa, está a estudar a possibilidade de vir a desenvolver um projeto em Portugal, estando a decisão, entre outros fatores, dependente de conhecer em detalhe os planos para o lançamento de concursos para o fornecimento de material circulante.
Num encontro com jornalistas, esta terça-feira, Iñigo Parra, responsável da multinacional suíça para a Península Ibérica, afirmou ver "Portugal com muitíssimo interesse", sublinhando os projetos para o desenvolvimento da ferrovia no país, assim como a competitividade da rede empresarial nacional e o know how do setor das tecnologias da informação (TI).
"Estamos ansiosos por conhecer em detalhe os planos para os investimentos no setor ferroviário", apontou, frisando que só a partir daí o grupo poderá tomar decisões.
"Sabemos que o Governo português quer dar um empurrão ao cluster ferroviário e a parcerias", disse ainda o responsável, que disse apenas que neste momento há várias opções em análise.
Sem avançar muitos detalhes sobre se a Stadler estuda a possibilidade de começar a fabricar comboios em Portugal, o responsável sublinhou apenas a vontade de trabalhar com uma rede de fornecedores portugueses, não só para Portugal mas para projetos do grupo a nível mundial, e que nas TI "gostávamos de explorar oportunidades com empresas portuguesas".
"Não vamos tomar a decisão por um único fator, são vários fatores", frisou Iñigo Parra, para acrescentar que a Stadler não é uma empresa "one shot", mas que pretende sim "um projeto de longo prazo".
A Stadler ganhou em Portugal o concurso para o fornecimento de 22 novos comboios à CP, tendo o contrato sido já assinado e aguardando agora visto prévio do Tribunal de Contas.
A empresa venceu também o concurso do Metro de Lisboa para o fornecimento de 14 unidades triplas, mas só depois de resolvida a impugnação apresentada por outro concorrente é que o contrato pode avançar."Não tenho informação suficiente se a reclamação está resolvida", disse.