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Limite ao preço do petróleo russo causa engarrafamento de petroleiros na Turquia

As autoridades turcas estão a pedir um comprovativo de seguro às embarcações, garantindo que caso haja um incidente, como colisões ou derramamento de petróleo, exista também uma cobertura.

Reuters
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O limite ao preço do petróleo russo já se faz notar - e não só na Rússia. Nas águas da Turquia formou-se um verdadeiro engarrafamento de petroleiros, consequência de as autoridades terem começado a exigir comprovativo de seguro aos navios para poderem navegar, segundo descreve o Financial Times.

A nova sanção europeia, que entrou em vigor na segunda-feira, estabelece que as embarcações que transportam petróleo russo não podem ter acesso a um seguro marítimo ocidental, salvo se o petróleo for vendido abaixo do limite de preço fixado pelo G7 de 60 dólares por barril.

Pelo menos quatro executivos da indústria petrolífera revelaram que tinham sido pedidas comprovativos de seguro. Esta segunda-feira, cerca de 19 embarcações estavam perto do estreito do Bósforo e Dardanelos a aguardar as verificações para poderem atravessar.

Grande parte dos navios petrolíferos que vão para a Turquia são provenientes do Cazaquistão e não estão abrangidos pelas sanções ocidentais.

Ancara tem estado a pedir aos navios o seguro P&I, um seguro de proteção e indemnização, confirmando que caso haja um incidente, como colisões ou derramamento de petróleo, exista uma cobertura. No entanto, o International Group of P&I Clubs, que providencia seguros a cerca de 90% da frota global afirmou esta segunda-feira que o pedido da Turquia ia além da informação que é normalmente requerida.

A empresa referiu ainda que não era possível que as seguradoras P&I garantissem cobertura em caso de quebra de sanções.

Há dias o Financial Times tinha revelado que a Rússia estaria a preparar uma frota de mais de 100 petroleiros para tentar escapar às sanções ocidentais, dado que estas embarcações podem operar sem seguro ou com providenciadores de seguros para além dos ocidentais.

Citando uma fonte com conhecimento do caso, o jornal britânico refere que as seguradores russas estavam a providenciar os documentos necessários para assegurar passagem por águas turcas e a maioria dos navios com seguros ocidentais eram os que que estavam a aguardar passagem.
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