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IP candidata alta velocidade a 875 milhões de fundos europeus
A Infraestruturas de Portugal já submeteu a candidatura a 729 milhões de euros de fundos do CEF que estão reservados a Portugal, mas também a outros 146 milhões em regime concorrencial com os países da Coesão.
A Infraestruturas de Portugal (IP) submeteu esta segunda-feira, 29 de janeiro, a candidatura a financiamento comunitário no âmbito do programa Connecting Europe Facility for Transport 2 (CEF 2) para o desenvolvimento da primeira fase do projeto da linha de alta velocidade Porto-Lisboa.
Em comunicado, a IP salienta que a candidatura submetida "visa a obtenção de 875 milhões de euros a alocar ao projeto da alta velocidade".
Este valor, revela, inclui o montante do "envelope CEF Coesão" que, até à data da presente Call (Call 2023), está reservado, em regime de exclusividade, para Portugal, e que corresponde a um total de 729 milhões de euros.
Na candidatura, diz a IP, "assumiu-se a alocação de 480 milhões de euros à primeira parceria público-privada (PPP) referente ao troço da linha de alta velocidade entre Porto (Campanhã) e Oiã, cujo concurso público para a sua concessão foi lançado no passado dia 12 de janeiro".
Segundo a empresa pública, está prevista a alocação do restante valor do "envelope CEF Coesão" afeto a Portugal, ou seja, um total de 249 milhões de euros, à segunda PPP, referente ao troço da LAV entre Oiã e Soure, cujo lançamento do concurso público para a sua concessão está previsto para o início do segundo semestre de 2024.
Ainda relativamente à segunda PPP, a IP diz que solicitou um montante adicional de financiamento comunitário de 146 milhões de euros, proveniente do "envelope CEF Coesão", mas em regime concorrencial, com vista a subsidiar os custos de investimento associados à quadruplicação da linha do Norte entre Taveiro e a entrada sul da estação de Coimbra-B.
"Esta intervenção visa aumentar a capacidade ferroviária deste troço, que se encontra próximo do seu ponto de saturação, de forma a facilitar o acesso dos comboios de alta velocidade a Coimbra e a aumentar o número de canais ferroviários convencionais neste trecho da linha do Norte", refere.
De acordo com a IP, o desembolso destes fundos durante o período de desenvolvimento "reduz as necessidades de financiamento das concessionárias e, consequentemente, contribui para uma redução bastante significativa dos pagamentos de disponibilidade que serão devidos às concessionárias durante os primeiros 25 anos de exploração da infraestrutura da linha de alta velocidade Porto-Lisboa".