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Inflação pode ser boa para o crescimento da Ryanair, diz presidente

Companhia low cost assinala 20 anos de chegada a Portugal com promessas de maior investimento e crescimento.

Tiago Petinga/Lusa
25 de Outubro de 2022 às 13:04
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A situação atual de inflação pode ser positiva para o crescimento da companhia aérea Ryanair, disse o presidente-executivo da low cost irlandesa, Michael O'Leary, esta segunda-feira.

 

Num evento que assinalou os 20 anos da chegada da transportadora aérea a Portugal, a low cost revelou dados estatísticos do passado e algumas apostas para o futuro. "Vamos continuar a investir e a crescer em Portugal para benefício da economia, da criação de empregos", disse Michael O'Leary na conferência de imprensa que contou com a presença da secretária de Estado do Turismo e do Comércio, Rita Marques e Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa.

 

"Estamos comprometidos com Portugal", acrescentou o CEO da low cost, Eddie Wilson, adiantando, por exemplo, que a decisão de construir uma nova instalação de manutenção da companhia está entre o Porto e Espanha, sendo muito possível a escolha da cidade portuguesa. A empresa espera crescer 36% até 2017, dos 11 milhões para os 15 milhões de passageiros por ano no nosso país, lembrou ainda.

 

Antes, num encontro mais informal com jornalistas, tanto presidente executivo como Eddie Wilson, admitiram que historicamente os períodos de contração da economia e de inflação elevada são bons para o crescimento da empresa. "As pessoas não param de voar, começam é a voar em companhias mais baratas e ficam muito mais sensíveis ao preço", frisou O'Leary.

 

Segundo o presidente, duas tendências ocorreram desde a pandemia: as pessoas ficaram mais sensíveis ao preço e a TAP e outras "estão a oferecer menos capacidade", com "menos voos" o que "envia negócio na nossa direção" salientou, frisando que a low cost chega a esta crise com novos aviões, mais verdes e eficientes e que consomem menos combustível, permitindo passar tarifas mais baixas.

Eddie Wilson confirmou essa tendência, adiantando ainda que muitas das pessoas que mudam para a empresa em tempos de crise por motivos de custo ou de cumprimento de horários muitas vezes já não regressam a outras empresas.

 

Retoma turística "pujante"

Presente no evento celebratório dos 20 anos de operação, a secretária de Estado do Turismo e Comércio, Rita Marques, lembrou muito brevemente que Portugal vive "uma retoma turística pujante", pelo que é importante continuar a dialogar com os parceiros frisando ainda que o governo "trabalha com todas as companhias aéreas". Atualmente temos "350 rotas", o que ajuda aos números do turismo, destacou.

 

Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, agradeceu por seu turno à companhia, que definiu como "historicamente uma das empresas mais inovadoras" num setor que "precisa de inovação para que todos possam viajar". O autarca disse ainda que o contributo da low cost em Portugal vai muito além da economia direta: "há uma geração que começou a viajar porque foram a companhia que democratizou as viagens" frisou, lembrando que em décadas mais antigas viajar era muito difícil e muito custoso. 

Avançando ter conseguido o apoio de Michael O'Leary para a sua visão de Lisboa como capital da inovação da Europa, captadora de starutps, uma fábrica de unicórnios, o autarca reiterou ainda que por tudo isto, Lisboa precisa de um novo aeroporto internacional "já".

 

2 mil milhões/ano para a economia

No evento, a low cost divulgou ainda um estudo independente da PwC onde se demonstra que a companhia e os seus passageiros contribuem com mais de 2 mil milhões de euros por ano na economia do país, tendo já voado mais de 85 milhões de passageiros desde 2003, quando os primeiros aviões decolaram.

 

Para os próximos anos, a empresa quer investir mais de 20 mil milhões de euros com novos aviões B737 (mais ecológicos) e analisa um potencial investimento de 50 milhões de euros na instalação de manutenção da companhia que poderá vir a ser instalada no Porto. A companhia espera um aumento de tráfego de e para Portugal em 36%, de 11 milhões para 15 milhões de passageiros, por ano, até 2027 e a criação de 600 novos postos de trabalho nesse período.

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