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Governo admite discutir localização do terminal da Trafaria

Estudo diz que terminal é viável com o recurso a transporte rodoviário

Tribunal arbitral dá razão à Mota-Engil sobre terminal de contentores de Alcântara
29 de Julho de 2013 às 00:01
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A localização do futuro terminal de contentores da Trafaria (que já tem sido defendida há vários anos pelo Porto de Lisboa) pode ser discutida – um sinal de abertura dado pelo secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro quando remeteu à Assembleia da República os estudos sobre este assunto.

"Como sempre referimos, tudo faremos para que consigamos consensos alargados. Se tal não for possível relativamente às localizações preferenciais para o aumento da capacidade do Porto de Lisboa, é determinante que o alcancemos no diagnóstico sobre a procura e capacidade do Porto de Lisboa, para que possamos acompanhar as expectativas dos agentes económicos que todos os dias procuram o Porto de Lisboa para escoar os seus produtos num ambiente de competitividade (em preços e tempo) face aos seus concorrentes no mercado internacional", adiantava a missiva a que o Negócios teve acesso.

Isto porque a prioridade é avançar com o alargamento da capacidade, uma necessidade que é comprovada pelo estudo que a APL (Administração do Porto de Lisboa) encomendou à A.T. Kearney e que diz que "tendo em conta a capacidade actual efectiva, verificamos que é previsível o esgotamento da capacidade entre 2023 e 2026" sem o alargamento.

No entanto, o estudo aponta fragilidades ao terminal da Trafaria (TCT), afirmando que só é viável com o recurso ao transporte rodoviário. "O modo intermodal de/para o TCT mais interessante para os agentes económicos é a rodovia (mais barato e operacionalmente mais eficiente), não se apresentando outras soluções (ferrovia, barcaça, RoRo) economicamente competitivas", diz o documento. O mesmo estudo adianta que "a não serem criadas as acessibilidades rodoviárias, o TCT perderá significativamente competitividade a favor de portos alternativos".

A consultora diz mesmo assim que o terminal "deverá ser viável economicamente, quer para o concedente, quer para o concessionário". O Governo tem tentado estimular o transporte de mercadorias por ferrovia e redução do rodoviário, mas este projecto terá o efeito precisamente contrário na Grande Lisboa, sobretudo nas pontes sobre o Tejo.

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