Notícia
Governo investe em mobilidade "mais favorável" para as populações entre Lousã e Coimbra
O Executivo defende a escolha de autocarros eléctricos para o antigo ramal da Lousã com o facto de a nova proposta representar "um terço do investimento no metro ligeiro", que exigia um esforço financeiro de 300 milhões de euros.
02 de Junho de 2017 às 13:47
O ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, disse hoje que o novo projecto de mobilidade entre Lousã e Coimbra prevê uma solução "mais favorável" para as populações do que a ferrovia ou o metro ligeiro.
Pedro Marques afirmou, na Lousã, que o Sistema de Mobilidade do Mondego, com autocarros eléctricos em vez de transporte sobre carris, levará três anos e meio a entrar em funcionamento, sendo o prazo contado a partir de hoje.
O governante falava na Lousã, distrito de Coimbra, numa sessão pública em que técnicos do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) apresentaram um estudo para introduzir o denominado "sistema metrobus" no canal do ramal ferroviário da Lousã, encerrado há mais de sete anos para obras que depois pararam, e na área urbana de Coimbra.
O ministro do Planeamento, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, e responsáveis do LNEC e da Infraestruturas de Portugal (IP) realçaram que o estudo procura responder a exigências da União Europeia, designadamente ao nível da sustentabilidade financeira e ambiental do investimento, que vai substituir o sistema de metro projectado há 21 anos pelo Estado e pelos três municípios que integram a Metro Mondego.
"Esta é uma solução realizável que vai servir muito melhor as populações", disse aos jornalistas, ainda na Lousã, antes de seguir para Miranda do Corvo e Coimbra, onde presidiu a idênticas apresentações.
Para o ministro, o estudo do LNEC fundamenta um projecto, que será candidatado aos fundos europeus, e um sistema que "leva as populações junto dos seus destinos na cidade de Coimbra", o que, sublinhou, não acontecia com o comboio, cujo serviço terminava na estação de Coimbra Parque.
Por outro lado, "a estimativa de investimento é um terço do investimento no metro ligeiro", que exigia um acrescido esforço financeiro na ordem dos 300 milhões de euros, a fim de concluir as obras iniciadas em 2009 e para dotar a rede de novo material circulante.
"É uma solução tecnologicamente bastante avançada, com um sistema de guiamento automático. Uma solução que me parece adequada para aquilo que é a reposição de um direito fundamental, que é a mobilidade das populações desta região", acrescentou.
Segundo Pedro Marques, "a reposição da ferrovia tradicional" no Ramal da Lousã, entre Serpins e Coimbra, "tinha vários aspectos que não favoreciam a mobilidade da população", pois "não garantia a ligação" dos utentes do interior do distrito à Linha do Norte, em Coimbra B.
Bloco vai chamar ministro para explicações
O Bloco de Esquerda anunciou hoje que vai chamar ao parlamento o ministro das Infraestruturas sobre o Ramal da Lousã, considerando que o projecto em cima da mesa está "muito aquém" do compromisso do Estado com uma ferrovia de excelência.
"É um projecto que desrespeita completamente sucessivas resoluções aprovadas na Assembleia da República. E o que vem dizer é que é por razões técnicas que isso acontece. É a técnica que é posta à frente da decisão democrática", disse o deputado do BE José Manuel Pureza, em Portimão, justificando o pedido para ouvir Pedro Marques.
Na Lousã, o ministro expressou "toda a disponibilidade para apresentar o sistema com todo o detalhe" no parlamento.
"Prestaremos todos os esclarecimentos, como é evidente", declarou aos jornalistas.
As resoluções foram aprovadas pelo parlamento, em Fevereiro, "numa fase em que ainda estava em curso um conjunto de estudos críticos para a tomada de uma decisão", referiu Pedro Marques.
Investimento ascenderá a quase 90 milhões
O projecto de mobilidade para o ramal ferroviário e para a cidade de Coimbra com que o Governo se comprometeu junto das autarquias envolvidas deverá custar 89,3 milhões de euros.
Avalizada pela IP, CCDRC e Governo, esta "versão definitiva" do LNEC suscitou o acordo dos presidentes das três câmaras envolvidas no processo: Luís Antunes (Lousã), Miguel Baptista (Miranda do Corvo) e Manuel Machado (Coimbra), todos eleitos pelo PS, disse Pedro Marques.
O Governo escolheu um modelo de autocarro "exclusivamente eléctrico", após o LNEC ter ponderado também a propulsão a gás natural comprimido e híbrida, que foram recusadas.
A proposta de investimento prevê a aquisição de uma frota de 43 autocarros eléctricos.
Pedro Marques afirmou, na Lousã, que o Sistema de Mobilidade do Mondego, com autocarros eléctricos em vez de transporte sobre carris, levará três anos e meio a entrar em funcionamento, sendo o prazo contado a partir de hoje.
O ministro do Planeamento, a presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, e responsáveis do LNEC e da Infraestruturas de Portugal (IP) realçaram que o estudo procura responder a exigências da União Europeia, designadamente ao nível da sustentabilidade financeira e ambiental do investimento, que vai substituir o sistema de metro projectado há 21 anos pelo Estado e pelos três municípios que integram a Metro Mondego.
"Esta é uma solução realizável que vai servir muito melhor as populações", disse aos jornalistas, ainda na Lousã, antes de seguir para Miranda do Corvo e Coimbra, onde presidiu a idênticas apresentações.
Para o ministro, o estudo do LNEC fundamenta um projecto, que será candidatado aos fundos europeus, e um sistema que "leva as populações junto dos seus destinos na cidade de Coimbra", o que, sublinhou, não acontecia com o comboio, cujo serviço terminava na estação de Coimbra Parque.
Por outro lado, "a estimativa de investimento é um terço do investimento no metro ligeiro", que exigia um acrescido esforço financeiro na ordem dos 300 milhões de euros, a fim de concluir as obras iniciadas em 2009 e para dotar a rede de novo material circulante.
"É uma solução tecnologicamente bastante avançada, com um sistema de guiamento automático. Uma solução que me parece adequada para aquilo que é a reposição de um direito fundamental, que é a mobilidade das populações desta região", acrescentou.
Segundo Pedro Marques, "a reposição da ferrovia tradicional" no Ramal da Lousã, entre Serpins e Coimbra, "tinha vários aspectos que não favoreciam a mobilidade da população", pois "não garantia a ligação" dos utentes do interior do distrito à Linha do Norte, em Coimbra B.
Bloco vai chamar ministro para explicações
O Bloco de Esquerda anunciou hoje que vai chamar ao parlamento o ministro das Infraestruturas sobre o Ramal da Lousã, considerando que o projecto em cima da mesa está "muito aquém" do compromisso do Estado com uma ferrovia de excelência.
"É um projecto que desrespeita completamente sucessivas resoluções aprovadas na Assembleia da República. E o que vem dizer é que é por razões técnicas que isso acontece. É a técnica que é posta à frente da decisão democrática", disse o deputado do BE José Manuel Pureza, em Portimão, justificando o pedido para ouvir Pedro Marques.
Na Lousã, o ministro expressou "toda a disponibilidade para apresentar o sistema com todo o detalhe" no parlamento.
"Prestaremos todos os esclarecimentos, como é evidente", declarou aos jornalistas.
As resoluções foram aprovadas pelo parlamento, em Fevereiro, "numa fase em que ainda estava em curso um conjunto de estudos críticos para a tomada de uma decisão", referiu Pedro Marques.
Investimento ascenderá a quase 90 milhões
O projecto de mobilidade para o ramal ferroviário e para a cidade de Coimbra com que o Governo se comprometeu junto das autarquias envolvidas deverá custar 89,3 milhões de euros.
Avalizada pela IP, CCDRC e Governo, esta "versão definitiva" do LNEC suscitou o acordo dos presidentes das três câmaras envolvidas no processo: Luís Antunes (Lousã), Miguel Baptista (Miranda do Corvo) e Manuel Machado (Coimbra), todos eleitos pelo PS, disse Pedro Marques.
O Governo escolheu um modelo de autocarro "exclusivamente eléctrico", após o LNEC ter ponderado também a propulsão a gás natural comprimido e híbrida, que foram recusadas.
A proposta de investimento prevê a aquisição de uma frota de 43 autocarros eléctricos.