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Governo admite rever posição e recuar na linha circular do metro de Lisboa
"O senhor ministro [que tutela os transportes urbanos] manifestou disponibilidade para rever aquilo que é a solução definitiva", disse à TVI o presidente da junta de freguesia do Lumiar, Ricardo Mexia.
A linha circular do Metro de Lisboa pode não avançar. Foi isso mesmo que admitiu o ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, numa audiência urgente pedida por Ricardo Mexia, presidente da junta de freguesia do Lumiar, e onde esteve também presente o presidente da Câmara Municial de Lisboa, Carlos Moedas.
"O senhor ministro [que tutela os transportes urbanos] manifestou disponibilidade para rever aquilo que é a solução definitiva, ou seja, para aquilo que temos defendido: que a solução da linha circular não é uma boa solução para a cidade, nomeadamente para os cidadãos da maior freguesia, que é o Lumiar", disse Ricardo Mexia à TVI.
Foi no início deste mês que começaram as obras para esta linha circular do metro, que levaram ao encerramento das estações de Telheiras e da Cidade Universitária, o que obriga toda a população da alta de Lisboa a mudar de comboio no Campo Grande, recorda a TVI, que ouviu também Mário Lopes, professor do Instituto Superior Técnico.
Para o professor, a questão da segurança está também em causa. "Um comboio com seis carruagens, na hora de ponta, transporta quase mil pessoas, que vão sair todas ao mesmo tempo no Campo Grande – e o cais não foi preparada para isso", apontou.
Além da confusão da hora de ponta, o futuro metro de superfície que vai ligar Loures ao hospital Beatriz Ângelo levanta também questões de segurança. "Dois terços dessas opessoas vão ter de descer escadas. Serão cerca de 700 pessoas. Não sei se há condições de segurança para isto, porque a estação não foi de origem planeada para esta situação", afirmou Mário Lopes.