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CP prevê perturbações na circulação de comboios entre os dias 27 e 29 devido à greve

A empresa adiantou que os clientes que tenham adquirido bilhetes para viagens nos comboios dos serviços alfa pendular, intercidades, interregional e regional podem pedir o reembolso total ou a revalidação do título, sem custos.

A CP foi o operador mais reclamado em 2020.
Manuel de Almeida/Lusa
25 de Junho de 2021 às 20:54
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A CP - Comboios de Portugal alertou hoje para perturbações na circulação de comboios, em todos os serviços, entre 27 e 29 de junho, devido à greve dos trabalhadores da Infraestruturas de Portugal (IP) e das suas filiadas.

"Informamos que, por motivos de greve, convocada por organizações sindicais representativas dos trabalhadores da IP, preveem-se perturbações na circulação de comboios, a nível nacional, em todos os serviços, no dia 28 de junho, com possível impacto no dia anterior e seguinte ao período da greve, a 27 e 29 de junho", indicou, em comunicado, a CP.

A empresa adiantou que os clientes que tenham adquirido bilhetes para viagens nos comboios dos serviços alfa pendular, intercidades, interregional e regional podem pedir o reembolso total ou a revalidação do título, sem custos.

Já os trabalhadores da IP e das suas filiadas estão em greve na próxima segunda-feira e no dia 2 de julho, reivindicando melhores condições laborais, nomeadamente o aumento dos salários.

A plataforma de sindicatos que representam os trabalhadores da IP e das suas participadas (IP Engenharia, IP Património e IP Telecom) entregou um pré-aviso de greve com início às 00:00 e término às 24:00 dos dias 28 de junho e 2 de julho de 2021. Estes colaboradores já tinham parado no dia 2 de junho.

"Os trabalhadores da IP e das suas participadas não aceitam a discriminação praticada pelo Governo e aceite pela empresa que decide pelo aumento de salário para 308 dos seus 3.784 trabalhadores", defendeu, em comunicado, a plataforma sindical.

Em causa está o aumento de salários para todos os trabalhadores, o cumprimento integral do clausulado do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), a negociação coletiva como "fator de resolução e prevenção de conflitos", a atualização do valor do subsídio de refeição e a integração do abono de irregularidade de horário no conceito de retribuição.

Por outro lado, reclamam a atribuição de concessões de viagem na CP - Comboios de Portugal a todos os trabalhadores da IP e suas participadas, a aplicação integral do ACT em vigor na IP aos trabalhadores do quadro de pessoal transitório, a abrangência das deslocações e horas de viagem a todos os trabalhadores e o ajuste do subsídio de refeição nas ajudas de custo.

Os trabalhadores pretendem ainda a atribuição da isenção de horário de trabalho nos casos em que serviço justifique e a garantia do repouso a seguir ao descanso e a contratação de quadros, protestando também "contra a falta de produtos de limpeza e higiene e por melhores condições de higiene e segurança nas instalações sociais e nos locais de trabalho".

A plataforma que representa os trabalhadores da IP e das suas participadas é constituída pela Associação Sindical das Chefias Intermédias de Exploração Ferroviária (ASCEF) e pelos sindicatos Nacional dos Transportes Comunicações e Obras Públicas (FENTCOP), Nacional Democrático da Ferrovia (SINDEFER), Independente dos trabalhadores Ferroviários, das Infraestruturas e Afins (SINFA), Independente Nacional dos Ferroviários (SINFB), Independente dos Operacionais Ferroviários e Afins (SIOFA), Nacional de Quadros Técnicos (SNAQ) e dos Transportes Ferroviários (STF).
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