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Carris tem 15 novos elétricos para circular em Lisboa e pretende investir 170 milhões até 2026

Pedro Bogas disse que os 15 novos elétricos têm maior capacidade de carga, são mais longos, com 28 metros, e são "confortáveis, silenciosos, modernos e amigos do ambiente", num investimento de 40,4 milhões de euros.

DR
22 de Setembro de 2023 às 19:40
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A Carris, empresa municipal de transporte público de Lisboa, adquiriu 15 novos elétricos articulados para a carreira 15E entre Cais do Sodré e Algés (Oeiras) e anunciou esta sexta-feira 170 milhões de euros para renovação da frota até 2026.

"Adquirimos 15 elétricos. Hoje vamos iniciar a operação com três. Já cá estão seis. Os outros estão no processo de receção. O sétimo chega na próxima segunda-feira", referiu o presidente do conselho de administração da Carris, Pedro Bogas, numa cerimónia no espaço da empresa na Estação de Santo Amaro, em Alcântara.

Pedro Bogas disse que os 15 novos elétricos têm maior capacidade de carga, são mais longos, com 28 metros, e são "confortáveis, silenciosos, modernos e amigos do ambiente", num investimento de 40,4 milhões de euros.

De acordo com o presidente da Carris, os novos elétricos vão operar na carreira 15E, "a linha mais antiga da cidade", que, neste momento, por força das obras do Plano Geral de Drenagem de Lisboa, está a fazer a ligação entre Cais do Sodré e Algés, mas quando a intervenção terminar vai até à Praça da Figueira e, depois, até Santa Apolónia, prevendo-se que, do lado ocidental, chegue até ao Jamor, no concelho de Oeiras.

"E temos ainda o sonho, a expectativa, de levar a linha até ao Parque das Nações e termos assim o arco ribeirinho com este modo de transporte", apontou.

A Carris festejou esta segunda-feira 151 anos de história, lembrou o responsável, referindo que o sucesso e a longevidade da empresa se prendem com a capacidade de inovação, nomeadamente em 1901 quando foram introduzidos os elétricos e se percebeu que a tração animal já não tinha futuro.

O plano de atuação da Carris tem como mote "a mobilidade inteligente do futuro", assente na sustentabilidade ambiental e na melhoria da eficiência e qualidade do serviço, com um investimento significativo na renovação da frota, em que se insere a aquisição dos 15 novos elétricos.

"A Carris vai investir 170 milhões de euros em renovação da frota até 2026. Até ao início do próximo ano, vamos receber 44 autocarros elétricos - 30 'standard' e 14 autocarros mini - e vamos receber ainda 24 autocarros articulados a gás natural", indicou Pedro Bogas, referindo que, com isto, a empresa tem 50% de frota amiga do ambiente.

Em 2026, a empresa prevê adquirir "aproximadamente 350 autocarros a energias limpas" e a frota amiga do ambiente será de 80%, contribuindo a Carris para o desígnio de Lisboa alcançar a neutralidade carbónica em 2030, realçou o responsável.

"O nosso grande adversário é o transporte individual", expôs o presidente da Carris, revelando que, com a procura atual, a empresa retira entre 120 mil a 130 mil carros por dia, mas, se voltar aos valores de procura histórica, registados no início deste século, poderá retirar da cidade "150 mil a 160 mil carros por dia".

Além de renovação da frota, a Carris está a apostar no recrutamento de mais tripulantes e na acessibilidade ao serviço, com informação em tempo real para planeamento da viagem e com novas formas de pagamento a bordo, inclusive cartões bancários com tecnologia 'contactless'.

A eficiência da viagem é outra das prioridades, estando a Carris a trabalhar num novo plano de rede, porque o atual já tem 15 anos e "está muito remendado", pretendendo melhorar a experiência de viagem dos clientes e trazer cada vez mais clientes para o transporte público.

Outro dos investimentos é no património edificado, com quase 50 milhões de euros até 2026, para obras no Elevador de Santa Justa e nas várias estações, mas também para o edifício da Estação de Santo Amaro, que é "a joia da coroa", onde se pretende "congregar neste espaço o passado, o presente e o futuro da Carris", nomeadamente recuperar o Palácio dos Condes da Ponte, que está degradado, e melhorar o espaço museológico, para que seja "mais moderno, mais interativo e com maior capacidade".

"O futuro é para nós fundamental e, para estes novos tempos, aquilo que pretendemos é criar em Santo Amaro um campus, um 'hub' da mobilidade onde podemos juntar várias aceleradoras, várias 'startups' para trabalharem connosco e com outros operadores que assim o desejarem na melhoria da mobilidade na cidade de Lisboa e na área metropolitana", declarou Pedro Bogas.

A cerimónia contou com a presença dos presidentes das câmaras de Lisboa, Carlos Moedas (PSD), e de Oeiras, Isaltino Morais (independente).

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