Arranca esta terça-feira, 27 de Janeiro, o "roadshow" oficial da Aena, a gestora espanhola de aeroportos, na antecipação da oferta pública de venda (OPV). Mas, na semana passada, os bancos colocadores da oferta realizaram uma prospecção da oferta, que terá revelado um grande apetite por parte dos investidores.

O "Cinco Días", que cita fontes próximas da operação, avança que a empresa conseguiu colocar logo no primeiro dia todas as 42 milhões de acções, tendo registado forte procura no ramo institucional e a preços elevados.

Aos investidores de retalho estão reservadas 4,2 milhões de acções, ou 2,8% do capital, vendidas entre 43 e 55 euros.  Fontes financeiras, citadas pelo "El Economista" adiantam que os particulares, que podem investir no mínimo 1.500 euros e no máximo 200 mil euros, já solicitaram uma quantidade de acções superior às disponíveis.

Mas a maior fatia está destinada aos investidores institucionais. Estes investidores podem adquirir 37,8 milhões de acções, ou 25,2% da oferta. As fontes ouvidas pelo jornal acreditam que esta oferta já está coberta e, tendo em conta o ritmo, o preço da colocação pode fixar-se perto do valor máximo do intervalo: 55 euros.

Assim, o valor encaixado neste ramo pode variar entre os 1,625 mil milhões e 2,080 mil milhões de euros. Contudo, o "El Economista" sublinha também que este forte apetite pode deixar de fora alguns dos accionistas que fazem parte do "núcleo duro" do capital, como a Ferrovial, o fundo britânico The Children’s Investment e a Corporación Financiera Alba.

As acções da empresa deverão estrear-se em bolsa no próximo dia 11 de Fevereiro e podem beneficiar de uma conjuntura favorável para o sector em bolsa, tendo em conta a forte queda dos preços do petróleo, que reduz os custos destas companhias. A francesa ADP sobe mais de 9% e está perto de máximos históricos, enquanto a alemã Fraport soma 12% e está também próxima dos recordes.