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Venda da TAP? "Companhias de menor dimensão terão dificuldade em sobreviver sozinhas"
Enquanto representante da associação que representa as companhias aéreas em Portugal, incluindo as três interessadas na TAP, António Moura Portugal não comenta o processo de venda da empresa portuguesa. Mas na qualidade de advogado especialista do setor defende que é o passo natural tendo em conta a consolidação do setor.
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O advogado especialista em aviação considera que o setor precisa de "uma TAP na plenitude da sua forma". E face à volatilidade da atividade, e da tendência de consolidação, a integração num grande grupo é um passo natural, disse em entrevista ao Conversa Capital António Moura Portugal enquanto especialista do setor e não como representante da RENA, associação que representa as companhias aéreas em Portugal, incluindo as três interessadas na TAP.
"Eu acho que o setor da aviação em Portugal precisa de uma TAP e precisa de uma TAP na plenitude da sua forma, para utilizar aqui esta metáfora futebolística. Ainda não são conhecidas as condições da privatização, mas já foi verbalizado o desejo de ter um player do setor", lembrou. "O que posso dizer, sem entrar em particularidades, é que a tendência tem sido um movimento de consolidação dos três grandes grupos. Vemos isso com a ITA [comprada pela Lufthansa], com a SAS [pela Air frace-KLM] e com a Air Europa [IAG]. E agora a TAP será, no fundo, a companhia que se segue".
Portanto, "a acreditar que a conjuntura o permite, eu diria que, como português, ficaria satisfeito se fosse esse o caminho. Porque é muito difícil, hoje em dia, num setor onde esta consolidação se verificou, sobreviver sem dimensão, sem capacidade de poder reagir às inúmeras volatilidades do mercado", alertou.
Além disso, defende que a "era de companhias de bandeira" já acabou. "Esse tempo, da companhia como extensão de uma política turística de um país, já lá vai. Na Europa isso acabou, hoje em dia já não há nacionalidade, as companhias são europeias", comentou.
"Eu acho que o setor da aviação em Portugal precisa de uma TAP e precisa de uma TAP na plenitude da sua forma, para utilizar aqui esta metáfora futebolística. Ainda não são conhecidas as condições da privatização, mas já foi verbalizado o desejo de ter um player do setor", lembrou. "O que posso dizer, sem entrar em particularidades, é que a tendência tem sido um movimento de consolidação dos três grandes grupos. Vemos isso com a ITA [comprada pela Lufthansa], com a SAS [pela Air frace-KLM] e com a Air Europa [IAG]. E agora a TAP será, no fundo, a companhia que se segue".
Além disso, defende que a "era de companhias de bandeira" já acabou. "Esse tempo, da companhia como extensão de uma política turística de um país, já lá vai. Na Europa isso acabou, hoje em dia já não há nacionalidade, as companhias são europeias", comentou.