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Trabalhadores da Groundforce começam a negociar em maio com novo investidor

Numa nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos, a estrutura indicou que se realizou nesta sexta-feira uma reunião convocada pelos administradores de insolvência, com todas as organizações representativas de trabalhadores e a Menzies.

A Groudforce está a caminho de integrar o maior operador mundial de “handling”.
Miguel Baltazar
21 de Abril de 2023 às 19:18
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Os sindicatos representativos dos trabalhadores da Groundforce começam a negociar em maio com o grupo Menzies, com quem a TAP fechou um acordo para a recuperação da empresa de 'handling', de acordo com um comunicado.

Na nota divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (Sitava), a estrutura indicou que se realizou nesta sexta-feira uma reunião convocada pelos administradores de insolvência, com todas as organizações representativas de trabalhadores e a Menzies.

Nesta reunião, "os representantes da Menzies fizeram uma apresentação do que representam hoje no mercado mundial do 'handling', com operação em mais de 250 aeroportos por todos os continentes", tendo sido também "apresentados também um conjunto de indicadores financeiros relativamente à realidade atual da SPdH/Groundforce".

Segundo o Sitava, foram também "referidos os desafios com que a empresa se vai deparar no futuro próximo, designadamente com a necessidade de apresentar e aprovar o Plano de Recuperação, bem como os concursos/licenças a que a empresa terá de se mostrar sustentável para poder concorrer, a dívida aos credores e o investimento necessário em equipamentos 'verdes'".

O sindicato disse ainda que a Menzies "apresentou como pontos fulcrais para concretizar o seu investimento na SpdH/Groundforce, a transformação operacional, designadamente ao nível dos equipamentos, da gestão de sistemas e de mudanças de condições de trabalho".

O Sitava, por sua vez, defendeu que o setor do 'handling' (assistência nos aeroportos) deve ter trabalhadores com direitos, carreira e perspetivas de futuro" e lamentou os baixos salários praticados.

"Referimos que a empresa já passou por um duríssimo processo de reestruturação em 2012 com perdas enormes (na ordem dos seis milhões de euros/ano) para os trabalhadores e que incluiu também uma redução de preços ao principal cliente (e acionista), pelo que não podem ser os trabalhadores mais uma vez a pagar a fatura", assegurou.

Segundo o Sitava, "ficou definido que as reuniões de negociação se iniciarão na semana de 03 de maio, já com apresentação de propostas (e contrapropostas) concretas".

O Sitava rematou dizendo que "tem bem consciência das dificuldades por que passam os trabalhadores da SPdH/Groundforce, sobretudo no que diz respeito a salários e à (des)organização dos tempos de trabalho", referindo que tinha preparado há vários meses o seu "caderno de encargos" para a Menzies.

A TAP e a Menzies Aviation celebraram um acordo para a "recuperação e revitalização da Groundforce", empresa declarada insolvente em agosto de 2021.

Em comunicado divulgado este mês, a companhia aérea referiu que o acordo de subscrição celebrado entre as três empresas (TAP, Menzies Aviation e Groundforce) "é o culminar de um processo longo e muito exigente para a seleção de um investidor capaz e comprometido com a recuperação da empresa" de assistência nos aeroportos.

Segundo o comunicado, a Menzies Aviation demonstrou "sempre interesse neste objetivo ao longo das várias fases do processo".

O acordo celebrado estabelece os termos e condições gerais do plano de recuperação da Groundforce.
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