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TAP: Redimensionamento de trabalhadores reduziu-se de 2.000 para 206
A TAP reduziu de 2.000 para 206 o número de trabalhadores que ainda deverão sair da companhia, depois de implementar os acordos de emergência e a adesão a medidas voluntárias, segundo uma mensagem interna assinada pelos dois presidentes.
31 de Maio de 2021 às 20:43
Na comunicação, a que a Lusa teve acesso, a transportadora deu conta de que a "implementação dos acordos de emergência e a adesão a medidas voluntárias permitiram reduzir o número inicial de redimensionamento, inscrito no Plano de Reestruturação em aprovação na Comissão Europeia, de cerca de 2.000 para 206 trabalhadores, à data de hoje, excluindo casos pontuais cujos processos estão em curso".
Assim, este valor "representa uma redução de cerca de 90% face ao número inicial", lê-se na mensagem, assinada pelos presidentes do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho e da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira.
A administração da TAP recordou que "a empresa está a viver um período difícil e de enorme preocupação, contudo é absolutamente crítico e necessário concluir o redimensionamento da estrutura de pessoal da TAP, inscrito no plano de reestruturação e recuperação em apreciação na Comissão Europeia".
Na mensagem, os dois presidentes indicam ainda que "na perspetiva de eventuais medidas unilaterais, o próximo passo será a retirada do procedimento de 'lay-off', a partir de 1 de junho, dos trabalhadores que estavam em regime de suspensão da prestação de trabalho".
De acordo com a TAP, "estes trabalhadores ainda poderão recorrer a rescisões por mútuo acordo em condições similares às que foram oferecidas nas fases de medidas voluntárias (findas em 31 de Maio), com compensações majoradas e superiores às legais".
Além disso, será "dada a oportunidade de algumas categorias profissionais poderem também candidatar-se às vagas remanescentes na Portugália (postos de trabalho que não foram ocupadas na última fase voluntária), sendo que, em algumas funções, existem vagas em número superior ao número de trabalhadores a retirar de 'lay-off'", diz a transportadora, garantindo que "com esse esforço ainda será possível obviar à necessidade de medidas unilaterais".
"Este processo é absolutamente essencial para assegurar um futuro viável e sustentável para a TAP, garantindo, de acordo com o plano de reestruturação entregue na DGComp e as previsões à data de hoje conhecidas, um número estimado de cerca de 8.100 postos de trabalho no Grupo TAP, 6.600 dos quais na TAP S.A.", garantem os gestores.
A segunda fase das medidas voluntárias da TAP, que decorreu entre 11 e 16 de abril contou com 122 adesões confirmadas, de acordo com uma nota interna enviada aos colaboradores, a que a Lusa teve acesso, a 21 de abril.
Na mensagem, assinada igualmente pelo presidente do Conselho de Administração, Miguel Frasquilho, e pelo presidente da Comissão Executiva, Ramiro Sequeira, a TAP fez o ponto de situação das medidas voluntárias "e respetivo impacto na reestruturação laboral da empresa".
Assim, recordou a transportadora, "na primeira fase de candidaturas, que decorreu entre 11 de fevereiro e 24 de março, das 690 adesões previamente comunicadas, concretizaram-se 669, com um impacto no redimensionamento de cerca de 630 postos de trabalho".
A TAP recordou que "a diferença entre 669 e 630 deve-se ao diferente impacto das várias medidas, nomeadamente a passagem a tempo parcial" de trabalhadores.
Por sua vez, "a segunda fase das medidas voluntárias, que decorreu entre 11 e 16 de abril, conta com 122 adesões confirmadas neste momento, com um impacto no redimensionamento de cerca de 100 postos de trabalho", indicou a empresa.