Notícia
Rui Moreira: TAP é "única companhia áerea subsidiada"
O autarca do Porto respondeu assim à entrevista do CEO da TAP, Fernando Pinto, que lamentava que os novos voos da Ryanair no Porto têm subsídios de que a transportadora portuguesa não usufrui.
31 de Março de 2016 às 16:38
O presidente da Câmara do Porto afirmou esta quinta-feira, 31 de Março, que "a única companhia aérea subsidiada é a TAP" e que todos os portugueses pagam, através da empresa, "uma actividade no Brasil que já custou 500 milhões de euros".
"Há uma única companhia aérea que tenho a certeza que é subsidiada. A TAP é subsidiada por todos nós. Todos somos garantes da sua dívida e essa é a maior subsidiação. Estamos a subsidiar, nomeadamente, uma actividade no Brasil que já custou aos cofres da TAP 500 milhões de euros - que nós subsidiamos", afirmou Rui Moreira.
O autarca falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, e assegurou que nem a Câmara do Porto nem a madeirense ajudam financeiramente qualquer companhia aérea.
"Hoje só quero falar de uma questão que me preocupa: a subsidiação. Julgo que a Câmara da Madeira [a do Funchal] nunca pagou a nenhuma companhia aérea. A Câmara do Porto também nunca pagou. A única empresa que é subsidiada, que eu saiba, é a TAP", frisou Rui Moreira.
O Jornal de Notícias de hoje publica hoje uma entrevista ao presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, de acordo com quem os "novos voos da Ryanair têm subsídios públicos que a TAP não tem".
De acordo com o responsável da transportadora, "uma 'low-cost' chega a uma cidade, por exemplo, ao Porto e diz: se me pagarem 'X' por passageiro, eu abro uma nova rota".
Fernando Pinto acrescenta que "pagam as instituições de turismo, hotéis, os aeroportos e até as câmaras".
Nos últimos meses, Rui Moreira tem criticado a estratégia da TAP para o Porto e admitiu "apelar ao boicote da região" à transportadora, acusando-a de ter em curso uma estratégia para "destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro", e construir, em Lisboa, "um novo aeroporto e uma nova ponte".
A "guerra séria" que Moreira disse ter em curso contra a TAP deve-se, em parte, à suspensão de quatro rotas europeias que a TAP diz representarem um prejuízo de 8,02 milhões de euros, ao passo que a autarquia do Porto garante terem uma "ocupação média de 90%", representando "o transporte de perto de 190 mil passageiros, em 1.867 voos de ida e volta".
Segundo o acordo estabelecido pelo Governo de António Costa com o consórcio de Neeleman depois da privatização da transportadora, concretizada pelo anterior executivo PSD/CDS, o Estado ficará detentor de 50% da TAP e das suas subsidiárias.
A 22 de Março, durante a apresentação do livro "TAP -- Caixa Negra", que escreveu, Moreira afirmou que quem controla a transportadora aérea é o empresário David Neeleman e não o Governo.
"Parece claro que não é o Governo. Parece claro. Parece ser [David Neeleman quem manda na TAP], e normalmente as coisas que parecem são", disse.
Neeleman é também o fundador da Azul, Linhas Aéreas Brasileiras.
Os presidentes das câmaras do Porto e do Funchal encontraram-se hoje na Casa do Roseiral para debater temas relacionados com o turismo e ligações aéreas.
"Há uma única companhia aérea que tenho a certeza que é subsidiada. A TAP é subsidiada por todos nós. Todos somos garantes da sua dívida e essa é a maior subsidiação. Estamos a subsidiar, nomeadamente, uma actividade no Brasil que já custou aos cofres da TAP 500 milhões de euros - que nós subsidiamos", afirmou Rui Moreira.
"Hoje só quero falar de uma questão que me preocupa: a subsidiação. Julgo que a Câmara da Madeira [a do Funchal] nunca pagou a nenhuma companhia aérea. A Câmara do Porto também nunca pagou. A única empresa que é subsidiada, que eu saiba, é a TAP", frisou Rui Moreira.
O Jornal de Notícias de hoje publica hoje uma entrevista ao presidente executivo da TAP, Fernando Pinto, de acordo com quem os "novos voos da Ryanair têm subsídios públicos que a TAP não tem".
De acordo com o responsável da transportadora, "uma 'low-cost' chega a uma cidade, por exemplo, ao Porto e diz: se me pagarem 'X' por passageiro, eu abro uma nova rota".
Fernando Pinto acrescenta que "pagam as instituições de turismo, hotéis, os aeroportos e até as câmaras".
Nos últimos meses, Rui Moreira tem criticado a estratégia da TAP para o Porto e admitiu "apelar ao boicote da região" à transportadora, acusando-a de ter em curso uma estratégia para "destruir o aeroporto Francisco Sá Carneiro", e construir, em Lisboa, "um novo aeroporto e uma nova ponte".
A "guerra séria" que Moreira disse ter em curso contra a TAP deve-se, em parte, à suspensão de quatro rotas europeias que a TAP diz representarem um prejuízo de 8,02 milhões de euros, ao passo que a autarquia do Porto garante terem uma "ocupação média de 90%", representando "o transporte de perto de 190 mil passageiros, em 1.867 voos de ida e volta".
Segundo o acordo estabelecido pelo Governo de António Costa com o consórcio de Neeleman depois da privatização da transportadora, concretizada pelo anterior executivo PSD/CDS, o Estado ficará detentor de 50% da TAP e das suas subsidiárias.
A 22 de Março, durante a apresentação do livro "TAP -- Caixa Negra", que escreveu, Moreira afirmou que quem controla a transportadora aérea é o empresário David Neeleman e não o Governo.
"Parece claro que não é o Governo. Parece claro. Parece ser [David Neeleman quem manda na TAP], e normalmente as coisas que parecem são", disse.
Neeleman é também o fundador da Azul, Linhas Aéreas Brasileiras.
Os presidentes das câmaras do Porto e do Funchal encontraram-se hoje na Casa do Roseiral para debater temas relacionados com o turismo e ligações aéreas.