Notícia
PSD acusa Governo de querer vender TAP “à pressa” após pôr dinheiro dos contribuintes “em risco”
Os sociais-democratas criticam o Governo por se “apressar a vender em 12 meses” a companhia “sem nunca ter a humildade de assumir que errou em toda a linha”.
O PSD acusa o Governo de querer vender a TAP "à pressa" depois de ter colocado "o dinheiro dos contribuintes em risco, expondo-o a uma empresa repetidamente deficitária".
Na declaração de abertura do debate de atualidade sobre "a privatização da TAP", marcado pelo PSD, o deputado Paulo Moniz disse que o Governo "obrigou todos os portugueses a serem devedores da totalidade dos prejuízos" da TAP com "dinheiro que o país não tem e que fará falta nestes tempos de incertezas".
O social-democrata criticou ainda o Governo por se "apressar a vender em 12 meses" a companhia "sem nunca ter a humildade de assumir que errou em toda a linha".
"Este é um debate pela decência da ação política, pelo rigor do Estado. Para gente decente, a culpa não morre solteira e quando se falha assume-se que se falha", disse Paulo Moniz.
O deputado aproveitou ainda para chamar ao debate a encomenda dos 79 BMW para os administradores do grupo da TAP, classificando o episódio como "grave" fazendo parte de "decisões imorais" frisando que "3 mil milhões de euros de prejuízo e 50 carros de luxo novos, vão para lá da falta de bom senso".
O PSD recuou ao período do memorando da ‘troika’ para salientar que a privatização da TAP, concretizada pelo Governo PSD/CDS liderado por Passos Coelho, já estava prevista no documento também assinada pelo anterior executivo socialista de José Sócrates.
"A privatização era uma emergência operacional agravada, não havia dinheiro para pagar combustível", defendeu, lamentando que, mal tomou posse, o Governo liderado por António Costa em 2016 tenha levado a cabo "o PREC, programa de reversões ideológicas em curso".