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Pilotos da Ryanair podem voltar à greve no Reino Unido

O sindicato britânico de pilotos vai realizar uma votação para que os seus membros decidam se avançam com uma nova greve. A decisão deverá ser conhecida a 7 de agosto.

Reuters
17 de Julho de 2019 às 18:08
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O sindicato dos pilotos britânicos (BALPA) anunciou que vai realizar uma votação para que os seus membros, associados à companhia aérea Ryanair, decidam se avançam com uma nova greve.

O BALPA apresentou um plano com as condições reivindicadas para tentar resolver as questões pendentes que preocupam os pilotos, revela o sindicato num comunicado emitido esta quarta-feira, 17 de julho. Em causa estão questões relacionadas com as reformas, seguros, benefícios de maternidade, licenças e "uma estrutura de pagamentos justa, transparente e consistentes", acrescenta.

 

"Contudo, não temos sido capazes de chegar a um acordo com a empresa em relação a qualquer uma das nossas preocupações", salienta a mesma fonte, que sublinha que a "empresa não apresentou qualquer oferta sequer."

 

"Os nossos representantes da Ryanair têm tentado resolver alguns das muitas questões que resultam de anos de não reconhecimento dos sindicados dentro da Ryanair. Mas não temos conseguido fazer quaisquer progressos com a Ryanair em nenhuma das nossas áreas e preocupação. Tal como é normal com a Ryanair, ou é à sua maneira ou não é, e nós não estamos preparados para lidar com isso", afirmou Brian Strutton, secretário geral do BALPA, citado no comunicado.

 

A votação foi agendada para o dia 24 de julho e termina a 7 de agosto, altura "em que os resultados da votação serão anunciados", esclarece o comunicado.

 

O histórico da Ryanair com sindicatos não é famoso. Em 2018, foram várias as greves, com os funcionários a contestarem as regras que estavam a ser aplicadas pela Ryanair. Em causa esteve, nomeadamente, a exigência de que os contratos de trabalho da Ryanair sejam feitos segundo a lei laboral nacional de cada país, e não a irlandesa. Esta questão chegou mesmo a envolver a própria Comissão Europeia.

 

A comissária europeia para o Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, Marianne Thyssen, esteve reunida com o presidente da companhia aérea, Michael O'Leary, tendo no final da reunião dito que as regras europeias para os contratos de trabalho são claros: "não é a bandeira da companhia aérea que determina a legislação a aplicar. São os locais de onde os trabalhadores saem de manhã e regressam ao final do dia". 

 

A Ryanair chegou, entretanto, a acordo com os sindicatos nos vários países.

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