A Lufthansa fechou os primeiros seis meses deste ano com lucros de 429 milhões de euros, uma quebra de 55% face a igual período do ano anterior. Excluindo o efeito extraordinário de 500 milhões de euros de dívida convertível contabilizado nos resultados do primeiro semestre do ano passado, a descida dos lucros seria ligeira.

Segundo os números avançados esta terça-feira, 2 de Agosto, pela companhia aérea, no primeiro semestre as receitas do grupo caíram 2,1% para 15 mil milhões de euros. Apesar do aumento do volume de passageiros, as receitas de tráfego desceram 4,5% devido às fortes pressões de preços, tanto na companhia aérea como nas empresas de carga.

Numa conference call com analistas, citada pela Bloomberg, a Lufthansa previu maiores descidas dos preços dos bilhetes de avião este ano e resultados ainda mais negativos para a sua marca "low cost", a Eurowings, devido à quebra da procura decorrente da onda de ataques terroristas na Europa.

"Os ataques terroristas estão a preocupar as pessoas em todo o mundo", afirmou o CEO da companhia aérea, Carsten Spohr, numa conference call com analistas esta terça-feira, 2 de Agosto.

As perspectivas para as companhias aéreas europeias deterioraram-se depois de as empresas terem aumentado a sua capacidade para tirar vantagem da queda dos custos com combustíveis.

No entanto, os ataques terroristas de Paris a Istambul desde o início de 2015 levaram alguns viajantes a cancelar as reservas, ao mesmo tempo que a incerteza dos consumidores aumentou depois de o Reino Unido ter decidido abandonar a União Europeia.

Desde então, as transportadoras, incluindo a IAG, dona da British Airways, a EasyJet e a Air France têm alertado que não vão atingir as metas de resultados definidas anteriormente.

As acções da companhia aérea alemã descem 2,94% para 10,415 euros.