Notícia
"Fundos Airbus nunca foram assunto confidencial", diz Pires de Lima
O antigo ministro da Economia considera "extraordinário" que haja "meio mundo" a dizer que não conhecia os fundos da Airbus, o negócio em que há suspeitas de prejuízo para a TAP.
Pires de Lima sublinha que os fundos Airbus "constaram da informação que a Parpública transmitiu aos novos responsáveis do Ministério das Infraestruturas e das Finanças na reunião que teve em 9 de dezembro de 2015" e "constaram de todos os arquivos que existem na Parpública".
"Acho extraordinário que haja meio mundo a dizer dois, três, quatro, cinco, seis, sete anos depois que não conhecia os fundos", disse o antigo ministro da Economia, esta quarta-feira, na comissão de inquérito à TAP. Pires de Lima não referiu nomes mas, nos últimos tempos, João Leão e Mário Centeno, antigos ministros das Finanças, ou Humberto Pedrosa, antigo acionista da TAP, disseram desconhecer o tema.
O antigo governante do PSD/CDS, e atual CEO da Brisa, lembrou que Pedro Marques, antigo ministro das Infraestruturas, reconheceu no final do mês passado "que sabia dos fundos, salvo erro, desde janeiro de 2016" e que Lacerda Machado, o advogado que ajudou o Governo na recompra da TAP, confirmou na comissão de inquérito "que conhecia também os fundos Airbus desde meados de 2016 e até expressou que a existência destes fundos foi muito favorável para a TAP".
"Os fundos Airbus nunca foram um assunto escondido. Nunca foi um assunto confidencial. Foi uma matéria que transitou nas informações normais, que está nos arquivos da Parpública, era do conhecimento desses responsáveis políticos que reconduziram a recompra", disse Pires de Lima.
Até ao ano passado estes fundos não tinham sido tema porque, afirmou, "todas as pessoas entenderam que a existência desses fundos — assegurado que os aviões eram comprados a preços de mercado — não representava um problema".
"Só passou a ser uma matéria de discussão pública quando em 2022 surgiu aí um parecer que não é bem uma auditoria, dando nota de que possivelmente os aviões da TAP poderiam estar a ser comprados ou tinham sido comprados acima dos preços de mercado", considerou Pires de Lima.
"Acho extraordinário que haja meio mundo a dizer dois, três, quatro, cinco, seis, sete anos depois que não conhecia os fundos", disse o antigo ministro da Economia, esta quarta-feira, na comissão de inquérito à TAP. Pires de Lima não referiu nomes mas, nos últimos tempos, João Leão e Mário Centeno, antigos ministros das Finanças, ou Humberto Pedrosa, antigo acionista da TAP, disseram desconhecer o tema.
"Os fundos Airbus nunca foram um assunto escondido. Nunca foi um assunto confidencial. Foi uma matéria que transitou nas informações normais, que está nos arquivos da Parpública, era do conhecimento desses responsáveis políticos que reconduziram a recompra", disse Pires de Lima.
Até ao ano passado estes fundos não tinham sido tema porque, afirmou, "todas as pessoas entenderam que a existência desses fundos — assegurado que os aviões eram comprados a preços de mercado — não representava um problema".
"Só passou a ser uma matéria de discussão pública quando em 2022 surgiu aí um parecer que não é bem uma auditoria, dando nota de que possivelmente os aviões da TAP poderiam estar a ser comprados ou tinham sido comprados acima dos preços de mercado", considerou Pires de Lima.