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Frota mundial de aviões deverá duplicar até 2032
Um estudo da Airbus estima que o tráfego aéreo deverá crescer a um ritmo de 4,7% ao ano, nos próximos 20 anos. A região Ásia Pacífico será líder mundial do sector, com 36% do mercado.
Entre 2013 e 2032 serão necessárias perto de 29 mil novas aeronaves para fazer face ao acréscimo de 4,7% ao ano do tráfego aéreo que registar-se-á, no período. Os mercados emergentes deverão ser os principais destinos e origens das deslocações por via aérea. As informações provêem do estudo “Global Market Forecast”, da Airbus, divulgado esta terça-feira.
Dos 29.220 novos aviões de necessários, avaliados em cerca de 4,4 mil milhões de dólares, 28.350 serão de passageiros, o que corresponde a perto de 4,1 mil milhões de dólares. No total de novos aviões estimados para responder às necessidades dos próximos 20 anos, incluem-se 10.400 aviões que se destinam a substituir aparelhos que operam na actualidade. A frota mundial aviões conta com 17.740 unidades, em 2013, e deverá duplicar para as 36.560, até 2032.
A contribuírem para este aumento do tráfego aéreo está o crescimento das classes médias, a urbanização, o turismo e as migrações, que levam a aumento das ligações entre pessoas e regiões e também da frequência com que viajam, aponta o estudo.
O número de megacidades deverá também crescer de 42 para 89, em 2032, como consequência da urbanização. As viagens de longo curso realizar-se-ão entre estas cidades, ou com escala nelas.
A região Ásia-Pacífico (36%) será líder mundial de tráfego aéreo, daqui a duas décadas, segundo o estudo da Airbus, superando assim a Europa (20%) e América do Norte (19%). Na actualidade, um quinto da população dos mercados emergentes viaja, em média, uma vez por ano. Dentro de 20 anos, esta realidade abrangerá dois terços da população. O número de passageiros passará assim de 2,9 mil milhões para 6,7 mil milhões, em 2032, explicou John Leahy, director da área de clientes da Airbus, em comunicado.
As operadoras áreas “low-cost” contribuirão também para este aumento, por estarem a abrir novos mercados. Em 2032, estas companhias aumentarão a quota de mercado de 17% para 21%.