Foi em janeiro deste ano que os reguladores de segurança aérea dos EUA impuseram limites à produção de aviões 737 MAX da Boeing, depois de um incidente num voo da companhia Alaka Airlines. Nessa altura, a Administração Federal da Aviação /FAA) deioxu caminho aberto para que esses aviões retomassem os voos, após as inspeções, mas o aumento do fabrico dessa linha ficou suspenso.

A decisão surgiu depois de, a 5 de janeiro, durante um voo da Alaska Airlines, a porta esquerda do Boeing 737-9 MAX se soltou da cabine em pleno voo, causando a queda de uma janela e de um pedaço da fuselagem e a despressurização da aeronave. O avião aterrou de emergência passados 35 minutos, sem registo de feridos.

Esta série 9 do Boeing 737, a mais recente, tem estado assim envolta em problemas, depois de o mesmo já ter acontecido com a série 8 – com essas aeronaves a manterem-se no chão durante 20 meses depois das quedas de aviões em 2018 e 2019 que causaram a morte de 346 pessoas, recorda a CNN.

Após o incidente de janeiro deste ano, a FAA ordenou a suspensão dos voos da sécie 9 do 737 MAX durante três semanas e inspeções a todas as portas. Entretanto, como decidiu também travar um aumento do fabrico destes aviões, tem vindo a analisar a evolução da Boeing para decidir quando levantar a proibição. E ainda não foi agora.

Nesta quinta-feira, após uma reunião de três horas com executivos da Boeing, que apresentaram profundas mudanças no processo de produção da empresa e nos sistemas de segurança, a FAA mostrou-se satisfeita, mas ainda precisa de ver mais progressos.

O novo plano da Boeing visa tranquilizar a opinião pública, os passageiros de viagens aéreas e os regulares, no sentido de que os aviões da construtora são seguros para voar. O plano, referiu, Mike Whitaker, administrador da FAA, "constitui um guia para uma nova maneira de a Boeing operar". O responsável do regulador disse ainda, citado pela CNN, que espera que a empresa proceda a uma "mudança sistémica".

A Boeing e os líderes da FAA referiram que irão reunir-se semanalmente para analisarem os progressos na implementação do plano – com o regulador a realizar avaliações mensais.

Whitaker disse esperar que a empresa crie planos "robustos" de gestão da segurança e qualidade, anunciando que a FAA não autorizará a Boeing a aumentar o número de aeronaves saídas da linha de montagem dos MAX até estar satisfeita com a qualidade do fabrico.