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Aviões eléctricos e impressão 3-D centram atenções no Berlin Air Show

As mais recentes inovações tecnológicas na aviação centram as atenções da Feira Internacional de Aeronáutica de Berlim (ILA Berlin Air Show) que decorre desde 25 de Abril até ao próximo domingo.

Pedro Curvelo pedrocurvelo@negocios.pt 26 de Abril de 2018 às 17:30

A mais antiga feira de aeronáutica do mundo – a primeira edição decorreu em 1909 - abriu portas na quarta-feira a Sul da capital alemã e espera acolher 150 mil visitantes. O evento conta com 1.100 expositores de mais de 40 países.

O foco da edição deste ano do certame centra-se em alguns dos temas centrais que irão definir o futuro da aviação, nomeadamente a sustentabilidade das viagens aéreas, a impressão em 3-D de peças e componentes para aviões e aviões híbridos, parcialmente eléctricos.

A indústria aeronáutica traçou como objectivo reduzir para metade as emissões de dióxido de carbono (CO2) em 2050, quando comparadas com os valores de 2005. Nesse sentido, os fabricantes têm desenvolvido combustíveis alternativos, incluindo biodiesel feito a partir de algas.

Ainda neste tema, a e-mobilidade aérea tem vindo a ganhar peso. Na feira, fabricantes aeronáuticos e empresas de electrónica apresentam protótipos de aviões híbridos com capacidade para transportar até cem passageiros.

Aviões pequenos completamente eléctricos já não são um sonho, refere Rolf Henke, do Centro Aeroespacial Alemão (DLR). "Ainda estamos a dez anos desses aviões, incluindo cinco anos de pesquisa e cinco para desenvolvimento", disse Henke à agência noticiosa alemã DPA. "Poderão ser aviões ligeiros de 19 lugares para voos regionais e baseados em motores híbridos ou tecnologia totalmente eléctrica", explicou.

A impressão em 3-D de componentes de aviões, um mercado estimado em milhares de milhões de dólares, é outra das inovações na indústria aeronáutica. Esta tecnologia pode reduzir o peso das aeronaves em até 30 a 55%. Isto significa baixar em cerca de mil quilos o peso de um Airbus A350XWB, reduzindo significativamente as emissões de CO2. Cada quilo a menos no peso de um avião traduz-se numa redução de 25 toneladas de CO2 durante a vida útil do aparelho.

A feira deverá também ficar marcada pelas assinatura de uma parceria franco-alemã para o desenvolvimento e construção de um novo caça, que deverá substituir os Eurofighter Typhoon e Rafale a partir de 2040, um projecto de milhares de milhões de euros. O novo caça poderá mesmo ter a opção de não necessitar de piloto.

No ano passado, a indústria aeroespacial registou receitas de mais de 40 mil milhões de euros, uma subida de 6% face a 2016, impulsionada pelo aumento de 7,1% no número de passageiros, para 4,1 mil milhões.

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