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Vodafone Portugal fecha ano fiscal com aumento de 2% das receitas

O negócio fixo continua a ser o principal impulsionador dos resultados da operadora. No final de março, tinha 677 mil clientes deste segmento e chegava a 3,2 milhões de casas.

Miguel Baltazar
14 de Maio de 2019 às 08:15
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A Vodafone Portugal fechou o seu ano fiscal, de 1 de abril de 2018 a 31 março de 2019, com um crescimento de 2,1% das receitas totais para cerca de mil milhões de euros. Tendo em conta os proveitos dos serviços, o aumento foi de 2,4% para 967 milhões de euros.
 

Analisando só o último trimestre, de janeiro a março, a operadora liderada por Mário Vaz registou "um crescimento orgânico de 1,8% nas receitas de prestação de serviços, que atingiram 236 milhões de euros", sublinha a Vodafone em comunicado. No mesmo período, as receitas totais cresceram 1,4%1, superando os 249 milhões de euros.

A empresa justifica esta performance com "o crescimento continuado a dois dígitos do negócio fixo, apoiado na expansão de fibra", a qual já chega a 3,2 milhões de casas.

No final de março, a base de clientes fixa atingiu mais de 677 mil, que traduz um crescimento de 11,3% em relação ao ano anterior.

No que toca ao segmento móvel, a Vodafone Portugal" atingiu os 4,7 milhões de clientes no final de março de 2019, um aumento de 1,8% face ao número de clientes apurado 12 meses antes. Na mesma data, os clientes 4G totalizaram 2,1 milhões (+23%1) e a penetração de smartphones atingiu 77,1%. Já a utilização dos dados móveis cresceu 18,5%1 nos 3 meses findos em 31 de março de 2019", detalha a empresa no mesmo comunicado.

"O crescimento verificado no negócio fixo é bem exemplificativo do reconhecimento que os portugueses atribuem à nossa estratégia  […] assente na expansão da rede de fibra suportada por construção própria, e acordos de parceria ou de wholesale, reveladores da nossa capacidade em alcançar bases de entendimento estáveis com diferentes players do setor, promovendo uma maior eficiência do investimento, incrementando a concorrência em beneficio do país que se pretende mais competitivo e inclusivo numa nova sociedade gigabit", refere Mário Vaz no mesmo comunicado.

Corte no dividendo

A Vodafone anunciou esta terça-feira um corte substancial no dividendo que vai pagar aos acionistas, devido à necessidade de reduzir o endividamento, investir no desenvolvimento da rede 5G e concluir a aquisição da Liberty Global.

 

A remuneração no atual exercício será de 9 cêntimos por ação, abaixo dos 15,07 cêntimos do ano passado. Esta queda quebra o compromisso assumindo em novembro pelo CEO Nick Read, que tinha garantido a manutenção do "payout" (parcela dos lucros que é entregue aos acionistas).

 

"A administração tomou a decisão de baixa o dividendo, o que irá contribuir para reduzir a dívida e desalavancar para o nível inferior do intervalo que projetamos para os próximos anos", disse o CEO.

 

O corte no dividendo surge também na sequência da descida das receitas da companhia de telecomunicações, que enfrenta maior concorrência em mercados chave, como o italiano e espanhol. As receitas no ano fiscal que terminou em março desceram 6,2% para 43,7 mil milhões de euros e os resultados operacionais foram negativos em 951 milhões de euros.

 

O EBITDA ajustado aumentou 3,1%, em linha com as metas da empresa e o previsto pelos analistas, tendo a Vodafone reiterado o objetivo de alcançar um EBITDA ajustado entre 13,8 e 14,2 mil milhões de euros.  

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