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Operadoras defendem urgência do 5G, mas não a qualquer custo
Nenhum operador de telecomunicações tem dúvidas de que a tecnologia 5G vai beneficiar mais as empresas do que o consumidor particular. E todas alertam para a necessidade do tecido empresarial português embarcar nesta nova geração.
Altice: "O 5G é muito mais do que tecnologia"
Há três anos e meio que a Meo está a trabalhar ativamente no desenvolvimento do 5G. A primeira experiência que fez foi no Web Summit em 2016 com a tecnologia 4,5G. "Na altura fomos demonstrar a antecâmara do 5G ainda com equipamentos de laboratório, e que hoje têm um terço do tamanho", recordou Luís Alvarinho, administrador da Altice Portugal, com pelouro da Tecnologia.
Desde essa data, a operadora já realizou mais testes, entre os quais, logo no ano seguinte, no âmbito do grupo de investigação criado pela Comissão Europeia. Mas o que vai mudar na vida dos clientes da Meo com a chegada da nova geração móvel? "O 5G é muito mais que tecnologia, é um novo ecossistema que vamos implementar que vai possibilitar novas aplicações, novos serviços e modelos de negócios que hoje estamos já a trabalhar. Hoje, tendo um milhão de dispositivos ligados à internet das coisas em Lisboa, se calhar não preciso do 5G. O problema é que daqui a quatro ou cinco anos em vez de um milhão vou ter 10 milhões. Aí, a tecnologia atual já não permite fazer essa gestão", explicou ao Negócios o responsável. "O 4G ainda tem uma vida longa e, se calhar, hoje ainda não sentimos tanto a necessidade do 5G. Mas se não dermos este passo não vamos conseguir fazer com que isto aconteça", correndo o risco de a Europa ficar para trás nesta corrida, alertou.
Numa primeira fase, o 5G não vai estar disponível para todos. Até porque, como lembrou Luís Alvarinho, além de não haver smartphones compatíveis para a nova tecnologia os preços a que serão vendidos no arranque podem ser uma barreira para muitos consumidores. "É esperado que a adesão ao 5G vá ser mais rápida do que foi ao 4G. Mas isso vai depender muito do custo da tecnologia, de como vão evoluir os preços dos equipamentos terminais. Quem vai utilizar mais o 5G na primeira fase serão as coisas, ou seja, a indústria em aplicações empresariais. Não serão as pessoas", alertou.
Desde essa data, a operadora já realizou mais testes, entre os quais, logo no ano seguinte, no âmbito do grupo de investigação criado pela Comissão Europeia. Mas o que vai mudar na vida dos clientes da Meo com a chegada da nova geração móvel? "O 5G é muito mais que tecnologia, é um novo ecossistema que vamos implementar que vai possibilitar novas aplicações, novos serviços e modelos de negócios que hoje estamos já a trabalhar. Hoje, tendo um milhão de dispositivos ligados à internet das coisas em Lisboa, se calhar não preciso do 5G. O problema é que daqui a quatro ou cinco anos em vez de um milhão vou ter 10 milhões. Aí, a tecnologia atual já não permite fazer essa gestão", explicou ao Negócios o responsável. "O 4G ainda tem uma vida longa e, se calhar, hoje ainda não sentimos tanto a necessidade do 5G. Mas se não dermos este passo não vamos conseguir fazer com que isto aconteça", correndo o risco de a Europa ficar para trás nesta corrida, alertou.
Numa primeira fase, o 5G não vai estar disponível para todos. Até porque, como lembrou Luís Alvarinho, além de não haver smartphones compatíveis para a nova tecnologia os preços a que serão vendidos no arranque podem ser uma barreira para muitos consumidores. "É esperado que a adesão ao 5G vá ser mais rápida do que foi ao 4G. Mas isso vai depender muito do custo da tecnologia, de como vão evoluir os preços dos equipamentos terminais. Quem vai utilizar mais o 5G na primeira fase serão as coisas, ou seja, a indústria em aplicações empresariais. Não serão as pessoas", alertou.
O 4G ainda tem uma vida longa. Ainda não sentimos a necessidade do 5G, mas se não dermos este passo não vamos conseguir fazer com que isto aconteça. Luís Alvarinho
Administrador da Altice Portugal
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Apesar de rivais, a posição das operadoras de telecomunicações sobre a temática do 5G é unânime: as empresas vão ser os principais beneficiários da nova tecnologia. Todas defendem a necessidade da implementação da quinta geração móvel precisamente para não se correr o risco do tecido empresarial português ficar para trás. Mas alertam que se trata de um investimento avultado, pedindo ...