Notícia
Mais de 25 mil queixas contra operadoras de comunicações no 2º. trimestre
Anacom destaca que Vodafone foi o prestador de serviços que registou mais reclamações nas comunicações eletrónicas, tendo as queixas contra a operadora subido 8% face ao mesmo período de 2021.
As comunicações eletrónicas representaram 65% do total das reclamações, tendo caído face ao segundo trimestre de 2021 (-10%). Já as reclamações sobre serviços postais situaram-se nas 9,1 mil, tendo representado 35% do total. Segundo a Anacom, as queixas relativas a esta área diminuíram 6% face ao mesmo período do ano passado, mas aumentaram em relação ao primeiro trimestre deste ano.
Já por mil clientes, a Nos foi o segundo prestador de serviços com mais reclamações no segundo trimestre, com 32% do total de reclamações do setor, seguido da Meo (28%) e da Nowo (4%), destaca a Anacom. Entre os principais motivos de reclamações contra estes operadores, a demora ou resolução deficiente de falhas nos serviços foram os principais motivos, tendo sido mencionados "em 20% das reclamações contra a Vodafone, em 14% nas reclamações contra a Nos (a par da ativação de serviços sem consentimento, que continuou a aumentar) e em 12% nas reclamações contra a Meo".
Ainda assim, a demora na resolução de falhas foi o motivo que mais diminuiu face ao segundo trimestre de 2021. Já a ativação de serviços sem consentimento foi o motivo que mais aumentou, "seguindo-se o aumento de preços, a não concretização de condições contratuais e a impossibilidade de barrar consumos adicionais de dados", acrescenta a entidade.
No que diz respeito aos serviços postais, "os CTT continuam responsáveis pela esmagadora maioria das reclamações registadas pela Anacom no 2.º trimestre de 2022, com 91%". No universo das reclamações contra os Correios de Portugal, a falta de tentativa de entrega no domicílio foi o motivo mais mencionado, explica a Anacom. Já a DPD continua a reduzir as reclamações, sendo responsável por 5% das reclamações do setor.
"O conjunto de outros prestadores menos reclamados (UPS, DHL, TNT, CEP, entre outros) representou, ao todo, 4% das reclamações registadas e também viu diminuir as reclamações neste período (-48%)", acrescenta.
A Anacom destaca que este é o "quinto trimestre consecutivo em que as reclamações no setor das comunicações registam uma diminuição face ao período homólogo, afastando-se dos valores registados durante a pandemia".