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Lucros da Sonaecom afundam 52,7% para 22,8 milhões
A Sonaecom teve uma redução de 52,7% nos lucros de 2017, para 22,8 milhões, anunciou a empresa.
Isto apesar dos resultados antes de impostos terem sido revertidos, de um valor negativo de 2,8 milhões de euros para valores positivos de 16,8 milhões de euros.
A empresa vai assim propor a distribuição de metade desses resultados sob a forma de dividendo.
O volume de negócios do grupo Sonaecom, que tem a participação indirecta da Nos (através da Zopt) um dos principais activos, subiu 6,9% para 139,6 milhões de euros. Os custos operacionais subiram 8,1% para 141,9 milhões. Com isso, o EBITDA aumentou 52,3% para 27,3 milhões de euros.
Os resultados operacionais (EBIT) deram um salto de 2,5 para 17,8 milhões de euros e os resultados financeiros passaram de um valor negativo de 5,3 milhões de euros em 2016 para -1 milhão de euros no ano passado.
A condicionar o lucro esteve a evolução dos resultados indirectos, que passaram de um valor positivo de 28,5 milhões de euros em 2016 para apenas 6,8 milhões de euros no ano passado. Em comunicado a Sonaecom explica que esta variação está relacionada com os "Fundos Armilar e os ajustamentos ao justo valor em alguns dos seus activos". Estes fundos Armilar foram comprados em 2016 ao Novo Banco e permitiram à Sonaecom entrar em empresas tecnológicas como a Outsystems e Feedzai.
Os resultados de 2016 também foram impulsionados pelo efeito fiscal, já que a rubrica impostos desse ano foi positiva em 22,2 milhões de euros (em vez de um valor negativo que significa pagamento) que a empresa liderada por Ângelo Paupério explica com a liquidação de duas subsidiárias na Holanda - a Sonaecom BV e a Sonaetelecom BV.
Além desta área de telecomunicações através da Nos, a Sonaecom tem uma componente grande nas tecnologias, com participações na WeDo, Saphety, S21Sec, Bizdirect, InovRetail, Britght Pixel, Stylesage. Nesta unidade de negócio as receitas cresceram 7,9%, abaixo dos custos operacionais (+8,9%), sendo que o EBITDA estabilizou em 4,7 milhões de euros.
Os media são a terceira área de negócio da Sonaecom, através do jornal Público. Nesta área as receitas aumentaram 0,3% e o EBITDA melhorou 11%, embora permaneça em valores negativos (no comunicado a Sonaecom não revela o valor).
(Notícia actualizada às 18:25 com mais informação)