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EUA: Piratas informáticos roubam dados de 40 milhões de clientes da operadora T-Mobile

Piratas informáticos acederam aos nomes, números da segurança social e das cartas de condução ou outra identificação de cerca de 40 milhões de pessoas que tinham solicitado crédito à T-Mobile, admitiu a empresa de telecomunicações norte-americana.

19 de Agosto de 2021 às 00:37
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A mesma informação respeitante a 7,8 milhões de clientes atuais, que pagam mensalmente pelo serviço telefónico, também terá sido comprometida, mas não foram acedidos números telefónicos, de contas, números de identificação pessoal, palavras-chave ou informação financeira dos cerca de 50 milhões de registos e contas de clientes.

A T-Mobile já tinha sido alvo de roubo de informação, mas no episódio mais recente "os números elevadíssimos excederam em muito os das situações anteriores", disse o analista da Gartner, Paul Furtado.

A T-Mobile, que está baseada em Bellevue, no Estado de Washington, tornou-se um dos maiores prestadores de serviço de telemóvel dos EUA, juntamente com a AT&T e a Verizon, depois de ter adquirido a Sprint em 2020. A sua base de clientes nos EUA está estimada em 102,1 milhões.

"Claro que têm um grande alvo nas costas, mas isso não deve surpreender", considerou Furtado, que avançou: "Tem de se começar a questionar a organização. Qual o nível de gravidade e como estão a procurar resolver o assunto?".

Também na quarta-feira, a T-Mobile confirmou que também foram pirateados cerca de 850 mil clientes ativos dos cartões pré-pagos, com a exposição de nomes, números de telefone e números de identificação pessoal.

A T-Mobile tem sido alvo frequente de roubo de informação de clientes ao longo dos anos, com início em 2015 e episódios mais recentes em janeiro deste ano, novembro de 2019 e agosto de 2018.

"Esta é uma verdadeira acusação à T-Mobile e os clientes têm de ponderar se querem continuar a trabalhar com a T-Mobile", disse a analista da Forrester, Allie Mellen. "A T-Mobile tem informação muito sensível das pessoas e foi apenas uma questão de sorte que, desta vez, a informação afetada não tivesse sido financeira".


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