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Bruxelas dá luz verde a compra da Vodafone Espanha pelo fundo Zegona

O foco vira-se agora para o mercado do país vizinho, com as atenções na decisão do regulador espanhol, a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC).

Reuters
30 de Janeiro de 2024 às 20:05
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Bruxelas não vê entraves à compra da Vodafone Espanha pelo fundo britânico Zegona. Segundo o El Economista, a luz verde à aquisição foi dada esta quarta-feira numa carta enviada pela Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia aos representantes legais do fundo. 

O organismo europeu considera que não existem motivos suficientes para iniciar uma investigação aprofundada à operação, que foi anunciada a 31 de outubro de 2023. E, por isso, aprovou sem objeções o negócio. 

O foco vira-se agora para o mercado espanhol, com as atenções na decisão do regulador do país vizinho, a Comissão Nacional dos Mercados e da Concorrência (CNMC).

A operação em causa prevê a compra de todo o negócio da Vodafone em Espanha por 5.000 milhões de euros. A venda não deverá ver grandes entraves por parte do regulador, uma vez que, à partida, não implica grandes alterações no mercado e para os clientes.

O jornal espanhol adianta ainda que, além da luz verde da CNMC, a operação deverá ter receber aprovação expressa do governo. Isto porque, sendo as telecomunicações um setor estratégico, a entrada de investidores estrangeiros tende a ser analisada à luz de uma legislação específica.

A aprovação de Bruxelas não mexe com os "timings" da operação, que deverá ficar concluída ainda no primeiro semestre deste ano.

A Vodafone nomeou o português Mário Vaz para liderar a operação em Espanha no final de março de 2023, mas, caso a venda ao fundo Zegona seja concluída, não é certo qual será o futuro do gestor, que durante mais de 10 anos esteve nos comandos da Vodafone Portugal.

A presidente executiva da Vodafone, Margherita Della Valle, disse, no final de outubro do ano passado, que "a venda da Vodafone Espanha é um passo fundamental para dimensionar" a carteira do grupo com vista ao crescimento, permitindo centrar os recursos "em mercados com estruturas sustentáveis e suficiente escala local".

Também em Portugal a Vodafone se encontra em negociações. Não para vender, mas sim comprar. A operadora, que no mercado português é liderada por Luís Lopes, anunciou no final de setembro de 2022 um acordo para comprar da Nowo.

Mas o negócio está preso na Autoridade da Concorrência, que este mês chumbou os remédios apresentados pela operadora, tal como noticiou o Negócios. Contactada, a AdC recusou comentar, mas o Negócios sabe que na base do "chumbo" aos compromissos apresentados pela operadora liderada por Luís Lopes está o chamado "efeito Nowo".

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