Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Almunia: “Nacionalidade da Google e Amazon não pode travar decisões"

O ex-vice-presidente da Comissão Europeia confessa que regular é “doloroso” e “nada simples”. E no que toca aos serviços OTT, como a Google e Amazon, as “decisões da Comissão Europeia não podem ser travadas por causa da nacionalidade das empresas”.

25 de Novembro de 2015 às 14:39
  • ...

Joaquín  Almunia, ex-vice-presidente da Comissão Europeia, sublinhou que o seu sucessor tem em mãos dossiês "muito importantes", como a proposta do Mercado Único Digital.

O responsável, que falava durante o 25.º Congresso das Comunicações, frisou que esta iniciativa é um objectivo importante para a Europa, mas é preciso ir mais longe.


"Precisamos de mais coisas. Precisamos de incentivar mais a pesquisa e inovação dos 'players'. E facilitar o acesso ao mercado. Ainda há muitas barreiras para entrar no mundo digital", principalmente para as start-ups, exemplificou.


Almunia relembrou que é necessário encorajar investimentos nestas áreas mas, para tal, é necessário regulação. "O que não é uma tarefa simples. Chegar a consenso com os 28 estados-membros nem sempre é fácil. Têm diferentes prioridades, interesses, objectivos...", confessou. "Regular é uma actividade dolorosa e nada simples", acrescentou.


O ex-vice-presidente da Comissão Europeia comentou ainda que o seu sucessor e o resto da Comissão Europeia estão a lidar com importantes casos relacionados, por exemplo, com fusões no sector de telecomunicações. Mas também relacionadas com os serviços over-the-top (OTT), como a Google e a Amazon.


Almunia destacou e elogiou o trabalho que a Comissão Europeia tem realizado no que toca ao controlo da actividade destes gigantes norte-americanos no velho continente.  


"Um trabalho que certamente continuará a ser desenvolvimento", disse Joaquín Almunia, sublinhando que o facto de estas empresas terem nascido nos EUA não pode ter influência no processo de decisão de Bruxelas.


"As decisões da Comissão Europeia não podem ser travadas por causa da nacionalidade destas empresas. O proteccionismo não é um elemento que possa ser pedido aos reguladores de concorrência", alertou.

 

"Temos é de perguntar porque é que os OTT são norte-americanos. Porque razão são eles que têm sucesso" e porque é que "nós, na Europa, não somos líderes nesta área", acrescentou.
 

O 25.º Congresso das Comunicações da APDC, dedicado ao estudo das tendências de negócio, decorre esta quarta e quinta-feira no CCB, em Lisboa.

 

Ver comentários
Saber mais Joaquín Almunia Comissão Europeia Google Amazon
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio