Notícia
5G: Países europeus detetam riscos de espionagem e de ciberataques vindos de fora da UE
Uma análise feita pelos Estados-membros da União Europeia aos riscos de segurança do 5G identificou a ameaça de espionagem e ciberataques vindos de países terceiros.
09 de Outubro de 2019 às 15:04
Os Estados-membros da União Europeia (UE) detetaram, numa análise feita aos riscos nacionais relativos às redes móveis de quinta geração (5G), a possibilidade de ocorrência de casos de espionagem ou de ciberataques vindos, nomeadamente, de países terceiros.
A informação consta de um relatório hoje divulgado pela Comissão Europeia, em Bruxelas, após os Estados-membros terem feito uma avaliação nacional sobre estes riscos, que indica que, nessas mesmas análises, chegou-se à conclusão de que "a introdução das redes 5G ocorre no âmbito de um complexo cenário global de ameaças à segurança cibernética".
"No geral, as ameaças consideradas mais relevantes" e apontadas no relatório estão "relacionadas com o comprometimento da confidencialidade, da disponibilidade e da integridade" dos dados nestes países, indica o executivo comunitário no documento, precisando que um desses riscos se refere à "espionagem de tráfego ou de dados através da infraestrutura das redes 5G".
A Comissão nota, no relatório, que "em particular os países terceiros mais hostis podem exercer pressão sobre os fornecedores de 5G a fim de concretizarem ciberataques para atenderem aos seus interesses nacionais".
Isto porque estes países de fora da UE têm "capacidades - intenção e recursos - para realizar ataques contra redes de telecomunicações dos Estados-membros da UE", acrescenta.
Segundo Bruxelas, "as mudanças tecnológicas introduzidas com o 5G irão aumentar a dimensão de um [possível] ataque e o número de pontos de entrada com potencial para os invasores".
Por isso, o executivo comunitário aponta que "as ameaças relacionadas com os Estados ou com os atores apoiados pelo Estado são consideradas de maior relevância", já que representam "riscos sérios e prováveis que podem ter [por detrás] a motivação, a intenção e, mais importante, a capacidade de realizar ataques persistentes e sofisticados à segurança das redes 5G" na UE.
Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas 'arriscadas' dos seus mercados.
Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE, hoje divulgada.
Até final do ano, deverão ser encontradas medidas comuns para mitigação das ameaças.
Apesar de Bruxelas rejeitar estar a incidir sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G.
A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.
A informação consta de um relatório hoje divulgado pela Comissão Europeia, em Bruxelas, após os Estados-membros terem feito uma avaliação nacional sobre estes riscos, que indica que, nessas mesmas análises, chegou-se à conclusão de que "a introdução das redes 5G ocorre no âmbito de um complexo cenário global de ameaças à segurança cibernética".
A Comissão nota, no relatório, que "em particular os países terceiros mais hostis podem exercer pressão sobre os fornecedores de 5G a fim de concretizarem ciberataques para atenderem aos seus interesses nacionais".
Isto porque estes países de fora da UE têm "capacidades - intenção e recursos - para realizar ataques contra redes de telecomunicações dos Estados-membros da UE", acrescenta.
Segundo Bruxelas, "as mudanças tecnológicas introduzidas com o 5G irão aumentar a dimensão de um [possível] ataque e o número de pontos de entrada com potencial para os invasores".
Por isso, o executivo comunitário aponta que "as ameaças relacionadas com os Estados ou com os atores apoiados pelo Estado são consideradas de maior relevância", já que representam "riscos sérios e prováveis que podem ter [por detrás] a motivação, a intenção e, mais importante, a capacidade de realizar ataques persistentes e sofisticados à segurança das redes 5G" na UE.
Assumida como uma prioridade desde 2016, a aposta no 5G já motivou também preocupações com a cibersegurança, tendo levado a Comissão Europeia, em março deste ano, a fazer recomendações de atuação aos Estados-membros, permitindo-lhes desde logo excluir empresas 'arriscadas' dos seus mercados.
Bruxelas pediu, também nessa altura, que cada país analisasse os riscos nacionais com o 5G, o que aconteceu até junho passado, seguindo-se depois uma avaliação geral em toda a UE, hoje divulgada.
Até final do ano, deverão ser encontradas medidas comuns para mitigação das ameaças.
Apesar de Bruxelas rejeitar estar a incidir sobre uma determinada empresa ou sobre um determinado país, certo é que a tecnológica chinesa Huawei tem vindo a ser acusada, principalmente pelos Estados Unidos, de espionagem através das redes 5G.
A Europa é o maior mercado da Huawei fora da China. De um total de 50 licenças que a empresa detém para o 5G, 28 são para operadoras europeias.