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EUA negoceiam com Facebook multa de milhares de milhões

O governo norte-americano e a Facebook Inc. estão a negociar um acordo em torno dos lapsos de privacidade da dona da rede social com o mesmo nome.

Reuters
15 de Fevereiro de 2019 às 00:09
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A Administração Trump e a empresa dona do Facebook, co-fundada e liderada por Mark Zuckerberg, estão a negociar os termos de um acordo para selar o processo em torno da violação de privacidade dos utilizadores da rede social, que deverá implicar o pagamento de milhares de milhões de dólares, avançou esta noite o The Washington Post.

 

Contudo, segundo o mesmo jornal, a Comissão Federal do Comércio (FTC) dos EUA e a Facebook Inc. ainda não acordaram um montante.

 

A empresa liderada por Zuckerberg, recorde-se, reportou receitas de 16,9 mil milhões de dólares no quarto trimestre e lucros de 6,9 mil milhões.

 

O foco deste processo tem estado em perceber se a partilha de dados com a consultora política britânica Cabridge Analytica, bem como outras questões relacionadas com a privacidade, violam um acordo de 2011 assinado com a FTC no sentido de salvaguardar a privacidade dos utilizadores do Facebook, sublinha a Reuters.

 

Em finais de outubro passado, a empresa foi multada pelo Reino Unido em 560 mil euros por ter permitido a "violação" das leis sobre protecção de dados pessoais através da Cambridge Analytica.

 

Foram os diários norte-americanos The New York Times e The Observer e o britânico The Guardian que avançaram em março passado com notícias sobre a apropriação indevida - com fins políticos - de informação pessoal de 87 milhões de utilizadores da rede social Facebook por parte da Cambridge Analytica.

 

A Cambridge Analytica, que trabalhou designadamente com a campanha eleitoral de Donald Trump e a da saída do Reino Unido da União Europeia, usou a informação recolhida para construir um "poderoso programa informático para prever e influenciar as escolhas dos eleitores", segundo foi denunciado.

Esta denúncia tomou grandes proporções, a ponto de as empresas se proporem a gastar mais na protecção dos dados dos seus utilizadores e de a questão da privacidade ter voltado em força às mesas dos governos. O caso levou também a que a Cambridge Analytica entrasse com um pedido de falência em maio.

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