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TSMC vê lucros pularem 57% no último trimestre e mostra-se confiante para 2025
A procura por chips não pára de subir e a maior fabricante do mundo tem lucrado com isso. Mas as restrições de Biden à exportação podem trazer riscos.
Foi uma subida ligeiramente abaixo do esperado, mas ainda assim muito expressiva. A Taiwan Semiconductor Manufacturing Co. (TSMC), a maior fabricante de semicondutores do mundo, registou uma subida de 57% nos lucros do último trimestre do ano.
No início da semana, analistas da LSEG SmartEstimate, citados pela Reuters, apontavam para um salto de 58% nos lucros.
A TSMC, que na lista de clientes conta com a Apple e a Nvidia, viu os lucros subirem para 374,68 mil milhões de dólares taiwaneses (cerca de 11,08 mil milhões de euros), um valor recorde para dados trimestrais. As receitas subiram 39% em comparação com o mesmo período de 2023.
A fabricante taiwanesa de chips diz esperar que as receitas tenham um crescimento robusto nos primeiros três meses de 2025 (cerca de 37% para 24,2 mil milhões de euros), à boleia do interesse cada vez maior na inteligência artificial (IA). Ainda assim, e apesar de todo este otimismo, a empresa enfrenta riscos, depois de ter sido noticiado que a administração Biden, nos últimos dias de mandato, planeia implementar restrições adicionais sobre as exportações de chips para IA de empresas como a Nvidia ou a Advanced Micro Devices, procurando travar ainda mais a chegada deste tipo de tecnologia a países como a China e a Rússia.
A TSMC tem investido milhares de milhões em fábricas no estrangeiro, incluindo três nos EUA, mas também no Japão, Alemanha e em Taiwan - este ano estima um investimento que pode chegar aos 40 mil milhões de euros, um aumento de 41%.
As notícias deram um impulso fabricante, que fechou a sessão em Taiwan a subir 3,76%. No acumulado dos últimos 12 meses a TSMC já valorizou 93,66%.