Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Startup subaquática austríaca capta 1,3 milhões e instala-se no Porto

A Subdron recebeu investimento de capitais de risco, entre as quais a portuguesa Faber, para revolucionar a indústria de inspeção subaquática.

Thomas Vonach e Arnau Carrera Viñas - CEO e CTO da Subdron, respetivamente.
18 de Julho de 2023 às 09:30
  • ...

A austríaca Subdron GmbH acaba de anunciar o levantamento de 1,3 milhões de euros numa ronda de investimento "pre-seed" (estágio muito inicial), que irá permitir expandir a equipa de engenharia desta startup com quatro novas contratações, acelerar o desenvolvimento e a implementação da sua tecnologia e abrir uma subsidiária no Porto.

 

"Com esta ronda de investimento vão ser contratadas quatro pessoas: três engenheiros, dos quais dois para a subsidiária do Porto, e um ‘business development’", adiantou ao Negócios fonte oficial da Subdron, sem detalhar a localização nem a data para a sua instalação na cidade Invicta.

 

Especializada em navegação autónoma subaquática e processamento de dados para inspeções avançadas, a Subdron, que "emprega actualmente seis pessoas", garante que a sua tecnologia "tem o potencial de revolucionar a forma como as estruturas subaquáticas são inspecionadas em relação a incrustações biológicas e integridade estrutural".

 

Quanto à escolha da Invicta, a Subdron explica que "presença da equipa e das instalações numa cidade costeira como o Porto, com acesso a um porto relevante como Leixões, será estratégica para a empresa estabelecer colaborações com centros de investigação em robótica marinha locais, estabelecer contactos com empresas de transporte marítimo e iniciar a comercialização dos seus serviços".

 

Em comunicado, a startup austríaca afiança que a solução por si desenvolvida "permite potenciar veículos autónomos subaquáticos com tecnologia de ponta e inteligência artificial para realizar inspeções autónomas em infraestruturas subaquáticas, como instalações portuárias e cascos de navios".

 

Mais: "Esta tecnologia tem o potencial de descarbonizar significativamente a indústria de transporte marítimo e revolucionar a manutenção e monitorização de ativos subaquáticos críticos, reduzindo os custos em até 50% e melhorando a segurança em diversos setores", garante a startup.

 

"Ficamos impressionados com a tecnologia inovadora e a visão da Subdron"

 

A ronda de investimento foi liderada pela xista science ventures, um fundo de capital de risco austríaco focado em avanços científicos, e a portuguesa Faber, através do seu fundo de tecnologia climática relacionada com os oceanos, tendo contado também com a participação do investidor austríaco Saber GmbH.

 

"Estamos entusiasmados em anunciar a conclusão bem-sucedida da nossa ronda de financiamento inicial", começa por afirmar Thomas Vonach, fundador e CEO da Subdron GmbH.

 

"Este investimento substancial vai impulsionar a nossa missão de revolucionar a indústria de inspeção subaquática, trazendo mudanças transformadoras que aumentam a eficiência, reduzem os custos e melhoram a sustentabilidade geral da gestão de infraestruturas subaquáticas", promete Vonach.

 

"Ficamos impressionados com a tecnologia inovadora e a visão da Subdron GmbH, pois a sua abordagem inovadora para inspeções subaquáticas tem o potencial de revolucionar várias indústrias, desde o setor marítimo e de transporte até à monitorização energética e ambiental", considera Bernhard Petermeier, partner da xista science ventures.

 

"Estamos orgulhosos em apoiar a sua missão e ansiosos por ver os seus veículos autónomos a terem um impacto significativo na descarbonização de uma indústria tradicionalmente intensiva em trabalho e carbono", remata Petermeier.

 

Já Carlos Esteban, partner da Faber, salienta que, "embora seja mais eficiente do que o transporte terrestre ou aéreo, o transporte marítimo é responsável por cerca de 3% das emissões globais de CO2", defendendo que "a bioincrustação no casco do navio pode aumentar significativamente o consumo de combustível e as emissões de CO2".

 

"Assim, dados mais baratos, rápidos e precisos sobre bioincrustação, como o sistema subdrone irá fornecer, levariam a planos otimizados de limpeza do casco, resultando em economia tanto no consumo de combustível quanto nas emissões de CO2", conclui Esteban.

Ver comentários
Saber mais subdron startup veículos subaquáticos faber xista science ventures porto leixões thomas vonach bernhard petermeier carlos esteban saber gmbh
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio