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Reinado do iPhone chegou ao fim?

Já são várias as empresas que fornecem a Apple a reportar travagens no seu crescimento. Os analistas estão a associar este desempenho às vendas do iPhone, cuja procura estará a ser inferior ao esperado.

Reuters
24 de Abril de 2018 às 18:49
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A fabricante de sensores ópticos para telemóveis australiana AMS emitiu um alerta sobre as expectativas de receitas. Tudo por causa da procura mais fraca do iPhone X. As acções da Apple estão a cair há cinco sessões consecutivas, acumulando neste período uma queda de 7,8%.

 

A AMS anunciou que prevê receitas entre 220 e 250 milhões de dólares, um valor que compara com as estimativas de 307,9 milhões de dólares previstas pelos analistas consultados pela Bloomberg. Estas estimativas "correspondem a menos cerca de 20-25 milhões de unidades do iPhone X", segundo os cálculos do analista Guenther Hollfelder, citado pela Bloomberg.

 

No primeiro trimestre, a fabricante de sensores ópticos para telemóveis registou um lucro ajustado de 77,3 milhões de dólares, abaixo dos 82,9 milhões de dólares estimados. "Isto é tudo devido à Apple, especialmente ao iPhone X", salientou à Bloomberg Neil Campling, analista da Mirabaud Securities.

 

Este cenário não é apenas vivido pela AMS. A Taiwan Semiconductor, fornecedora de chips da Apple, prevê reportar receitas trimestrais mil milhões inferiores ao que estava a ser projectado pelos analistas, segundo a Bloomberg.

A agência adianta que outros fornecedores-chave da Apple, como a Hai Precision e a Pegatron, reportaram aumentos de receitas de 8% no primeiro trimestre, mas o crescimento do volume de negócios terá abrandado fortemente na parte final deste período.

 

E as perspectivas sobre o iPhone não parecem muito optimistas. A empresa de análise GBH acredita que a Apple vai rever em baixa as suas estimativas para as vendas deste aparelho. O Morgan Stanley cortou as suas previsões de entrega de equipamentos iPhone em um milhão, para o primeiro trimestre, e em seis milhões para o segundo trimestre do ano.

 

O Morgan Stanley emitiu uma nota de análise onde considera que a era do iPhone ser determinante para a Apple acabou. A analista Katy L. Huberty explicou que "nos últimos cinco anos, a esmagadora maioria (86%) do crescimento anual de 8% das receitas da Apple foi justificado pelas vendas do iPhone". As novas estimativas apontam para que cerca de 60% do crescimento das receitas seja agora atribuído aos serviços, o que, adianta a analista, conjugado com produtos como o Smart Watch, "deverá justificar quase a totalidade do crescimento da Apple nos próximos cinco anos".

 

O novo contexto não deverá ser interpretado como o fim do iPhone, até porque já se antecipa que a tecnológica liderada por Tim Cook poderá apresentar no próximo Outono três novos equipamentos iPhone, um deles com a maior dimensão de sempre. As notícias apontam mesmo para que a Apple esteja a preparar o lançamento de um iPhone com ecrã curvo. O crescimento das vendas deste equipamento é que deverá abrandar, com alguns analistas a anteciparem mesmo uma travagem brusca.

Os números mais actualizados deverão ser conhecidos a 1 de Maio, dia em que a Apple apresenta os resultados do primeiro trimestre do ano.

(Notícia corrigida: Onde se lia "cerca de 20-25 mil milhões de unidades" deve ler-se "cerca de 20-25 milhões de unidades")

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