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Portuguesa Visor.ai capta 4,4 milhões de euros com conversação inteligente
Com o financiamento assegurado junto de capitais de risco e do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a startup pretende agora tornar-se a principal referência internacional em inteligência artificial aplicada aos “contact centers”.
Criada em 2016 por Gianluca Pereyra, Bruno Matias e Gonçalo Consiglieri, em resultado da presença num "hackathon" da Câmara Lisboa e da Beta-i, a Visor.ai desenvolveu uma plataforma de conversação inteligente para os canais de chat, e-mail e voz para organizações que procuram evoluir para a automatização do serviço ao cliente e/ou comunicação interna.
"Após seis anos de conquistas, a Visor.ai pretende agora ser a principal referência internacional em IA [inteligência artificial] responsável aplicada aos ‘contact centres", tendo para o efeito assegurado um financiamento de 4,4 milhões de euros, anunciou a startup portuguesa, esta quinta-feira, 9 de março, em comunicado.
Mais de metade do financiamento (2,3 milhões de euros) tem origem em fundos de capital de risco, como a Lince Capital, a LC Ventures e a M4 Ventures, sendo o remanescente concedido a título não reembolsável ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), "para ajudar a criar o maior consórcio de ‘Responsible AI’ (Inteligência Artificial Responsável) do mundo", revelou a Visor.ai.
O dinheiro angariado será utilizado "na expansão internacional da Visor.ai e na contratação de novos talentos para investigação e desenvolvimento", explicou a empresa, que conta actualmente com "uma equipa de mais de 40 colaboradores".
A plataforma web da Visor.ai permite "o desenvolvimento de agentes de conversação inteligente (tais como ‘chatbots’, ‘voicebots’ e ‘emailbots’), 100% personalizáveis pelas próprias equipas de ‘contact center’ e parceiros", ou seja, esta startup garante que "implementa soluções que automatizam processos e interações repetitivas na comunicação interna e no serviço ao cliente com recurso a inteligência artificial".
"Com a solução Visor.ai, uma média de 8 em cada 10 interações são tratadas sem intervenção humana, de forma imediata e 24*7*365, possibilitando às empresas elevar o seu apoio ao cliente ao mesmo tempo que focam as equipas em processos mais complexos e que exigem um acompanhamento mais pessoal", enfatizou, afiançando que, "m média, o tempo de implementação é de apenas quatro semanas e o retorno do investimento é obtido em três meses".
A tecnológica portuguesa diz que já entregou "mais de 100 agentes de conversação inteligentes em mais de 50 empresas, tais como o Grupo Generali, Millennium BCP, BNP Paribas, Fidelidade, Zurich, entre muitos outros, com uma taxa de resolução automática de incidências de mais de 80%".
"Investimos na Visor.ai porque é uma startup com grande potencial de crescimento na área de Conversational AI, focada em soluções para a Banca e Seguros. A empresa tem uma base alargada de clientes âncora nestes sectores e tem uma pool de talento excepcional", afirmou Paulo Falcão, da LC Ventures.
Já Tomás Lavin Peixe, da Lince Capital, destacou que "a tecnologia disruptiva da empresa, que visa automatizar processos e simplificar interações entre clientes e instituições, aliada a uma base sólida de clientes especialmente do sector financeiro, foram sem dúvidas algumas das razões que motivaram a nossa vontade de fazer parte deste projeto".
Finalmente, para Luis Gutman, da M4 Ventures, "a Visor.ai possui um produto sólido, uma equipa altamente qualificada e um ‘roadmap’ desafiante e inovador", pelo que os responsáveis desta capital de risco manifestam-se "muito contentes em fazer parte desta jornada".
(Notícia atualizada às 11:18)