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O wi-fi em Lisboa ganha a Dublin por cinco razões

A capital portuguesa vai receber 40 mil participantes neste evento no próximo ano. Saiba quais as principais razões da mudança do maior evento de start-ups do mundo para Lisboa.

Miguel Baltazar/Negócios
23 de Setembro de 2015 às 21:00
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Lisboa vai ser a nova morada da Web Summit nos próximos três anos. E, na hora de escolher, cinco razões tiveram grande peso na escolha da capital portuguesa.

A primeira razão são as infra-estruturas. O evento passou dos 500 participantes para os 30 mil em cinco anos e Dublin é muito pequena para receber tantas pessoas.

"Este evento tem crescido para além de todas as nossas expectativas e queremos que continue a crescer", disse o presidente-executivo da Web Summit esta quarta-feira, 23 de Setembro, na apresentação do evento. "Escolhemos Lisboa por causa das boas infra-estruturas e os incríveis locais que acolherão o evento".

A Meo Arena e a FIL - Feira Internacional de Lisboa foram os locais escolhidos para receber o evento. "As infraestruturas são de uma capacidade e de uma modernidade fora do comum e vão potenciar a Web Summit", destacou, por seu turno, o secretário de Estado adjunto da Economia.

Leonardo Mathias também destacou a oferta hoteleira da capital. "Os equipamentos existentes na cidade de Lisboa podem vir a albergar 30 mil, 40 mil e 50 mil pessoas".


A segunda razão é a qualidade da internet em Lisboa. Na edição de 2014 da Web Summit em Dublin, a internet veio abaixo. Os 22 mil participantes do evento tecnológico ficaram sem conseguir aceder à rede global. "Isto é incrivelmente decepcionante", disse então Paddy Cosgrave, citado pelo Irish Times.

A qualidade do wi-fi foi assim um ponto essencial para Lisboa ser escolhida. "A capacidade para as redes de wi-fi da Meo Arena e da FIL igualam ou são superiores a qualquer outra capital europeia", garantiu Leonardo Mathias.

Para que as falhas não se repitam, parte do investimento público vai servir para a "modernização dos sistemas de infra-estruturas de wi-fi", afirmou o secretário de Estado. 

A terceira razão, o apoio das entidades oficiais. "Foi fantástica a forma como lidámos com as instituições oficiais", elogiou o presidente-executivo da Web Summit. 

O evento vai contar com 3,9 milhões de euros de apoio para as três edições do evento, 1,3 milhões por ano, repartidos pelo Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa (ATL) e AICEP (Agência de Investimento de Portugal).

Além do investimento nas redes de internet, o dinheiro vai também servir de incentivo aos "média internacionais para voarem e estarem em Lisboa e para ajudar as empresas menores a estarem presentes", explicou Leonardo Mathias.

A quarta razão para a Web Summit estar em Lisboa: os portugueses mexeram-se. Maria Almeida criou há vários meses um movimento online para atrair o evento a Portugal e resultou.

O "Let's bring the Web Summit 2016 to Lisbon" conseguiu atrair a atenção do fundador do evento. "A quantidade de emails, mensagens no Twitter e no Facebook que recebi de Lisboa… isso não aconteceu nas outras cidades", reconheceu Paddy Cosgrave. "E quando alguém está a tentar tomar uma grande decisão, essas pequenas coisas têm um grande impacto na decisão final".

A quinta razão é a comunidade start-up existente em Lisboa. "Escolhemos Lisboa por causa da crescente comunidade start-up. Estamos ansiosos por trabalhar com a comunidade empresarial de Lisboa, eles têm sido extremamente acolhedores", afirmou Paddy Cosgrave.

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